CCJ começa a analisar a indicação da nova procuradora-geral da República nesta quarta-feira — Rádio Senado
Sabatina

CCJ começa a analisar a indicação da nova procuradora-geral da República nesta quarta-feira

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) deve iniciar a análise da indicação da nova Procuradora-geral da República na quarta-feira (05). O governo espera fazer a sabatina de Raquel Dodge antes do recesso parlamentar. O senador Roberto Rocha (PSB – MA), que vai relatar a indicação de Raquel Dodge na CCJ, antecipou que o seu voto será favorável.

03/07/2017, 13h38 - ATUALIZADO EM 03/07/2017, 14h42
Duração de áudio: 02:14
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa com 41 itens. Entre eles, a PEC 67/2017, que determina a realização de eleição direta aos cargos de presidente e vice-presidente da República, na hipótese de vacância desses cargos nos três primeiros anos do mandato.

À bancada:
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senador José Pimentel (PT-CE);
senadora Fátima Bezerra (PT-RN);
enador Flexa Ribeiro (PSDB-PA); 
senadora Ana Amélia (PP-RS); 
senadora Regina Sousa (PT-PI);
senador Jorge Viana (PT-AC).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DEVE INICIAR A ANÁLISE DA INDICAÇÃO DA NOVA PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA NA QUARTA-FEIRA. LOC: O GOVERNO ESPERA FAZER A SABATINA DE RAQUEL DODGE ANTES DO RECESSO PARLAMENTAR. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) A indicação da subprocuradora-Geral da República Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot quebrou uma tradição de 14 anos de escolha do primeiro colocado na eleição interna do Ministério Público Federal. Com 587 votos, ela foi a segunda colocada, atrás de Nicolao Dino, preferido por 621 procuradores, e à frente de Mario Bonsaglia, que recebeu 564 votos. Apesar de não haver uma regra estipulando a nomeação do primeiro colocado, os governos Lula e Dilma sempre seguiram a ordem de votação. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, reconhece que a nomeação é livre, mas diz que a candidata paga o preço pela falta de credibilidade do governo. (Gleisi Hoffmann) Eu não tenho uma avaliação sobre a procuradora indicada, não a conheço. O governo tem direito a fazer a indicação que ele achar melhor. O problema é que é um governo ilegítimo, né? Quem é indicado por esse governo já entra padecendo da ilegitimidade. O governo quer pressa em tudo, né? Até porque é um governo que tem termo, tem tempo, logo vai cair, já está podre. Então é obvio que ele tem pressa. Nós vamos cumprir o regimento. (Repórter) O senador Roberto Rocha, do PSB do Maranhão, que vai relatar a indicação de Raquel Dodge na Comissão de Constituição e Justiça, antecipou que o seu voto será favorável. Ele disse que a indicação do segundo colocado está dentro das regras do jogo e que é uma prerrogativa do presidente da República, e avalia que a oposição erra ao atacar a indicação da subprocuradora apenas por ter vindo de Michel Temer. (Roberto Rocha) Está no papel deles de fazer oposição. Só que neste caso farão oposição à procuradora. O meu relatório, eu vou procurar fazer à luz dos fatos e da Constituição. Ou seja, examinando fielmente o currículo da doutora Raquel Dodge, que a nosso ver é um currículo invejável. Seja o dela, seja dos outros dois que foram escolhidos na lista tríplice. Qualquer um dos três que fosse escolhido pelo presidente da República, a Procuradoria-Geral estaria sendo honrada. (Repórter) O governo quer fazer a sabatina de Raquel Dodge antes do recesso parlamentar. A mensagem com a indicação e o relatório devem ser lidos na próxima reunião da comissão. A partir daí, será dado automaticamente um prazo de uma semana para todos os senadores analisarem o currículo e os antecedentes da indicada. A sabatina e a votação já podem acontecer na próxima semana. Depois da votação na CCJ, a nomeação poderá ser votada pelo plenário, onde a candidata precisa do apoio de 41 senadores.

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