Comandante do Exército apresenta projetos estratégicos — Rádio Senado
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Comandante do Exército apresenta projetos estratégicos

Fronteiras brasileiras, soberania nacional e projetos estratégicos militares. Estas foram algumas das questões discutidas pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) nesta quinta-feira (22). Ele descartou uma intervenção militar no país.

O senador Roberto Requião (PMDB – PR), mostrou preocupação sobre como a perda da competitividade industrial brasileira afeta a soberania nacional. Não só pelo domínio crescente de empresas multinacionais na produção econômica, mas também pela perda de espaço para a Ásia.

22/06/2017, 13h37 - ATUALIZADO EM 22/06/2017, 17h33
Duração de áudio: 02:35
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza audiência interativa com o comandante do Exército para debater defesa nacional e projetos estratégicos da pasta. 

Em pronunciamento, comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela

Transcrição
LOC: FRONTEIRAS BRASILEIRAS, SOBERANIA NACIONAL E PROJETOS ESTRATÉGICOS MILITARES. LOC: ESTAS FORAM ALGUMAS DAS QUESTÕES DISCUTIDAS PELO COMANDANTE DO EXÉRCITO DURANTE REUNIÃO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO NESTA QUINTA-FEIRA. ELE DESCARTOU UMA INTERVENÇÃO MILITAR NO PAÍS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TEC: O general Eduardo Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro, debateu com os senadores sobre soberania nacional e projetos estratégicos militares no país. Ele explicou que o Exército vem passando por mudanças e se preparando para enfrentar desafios contemporâneos como cortes orçamentários, guerras cibernéticas, novas cooperações internacionais e inovações tecnológicas e industriais. Foram desenvolvidos seis programas estratégicos e doze estruturantes com cerca de 50 projetos. Para o general, o sistema mais necessário ao país atualmente é o Sisfron, para proteção das fronteiras nacionais. (Villas Boas) Para os nossos 17 mil quilômetros de fronteira, com três países vizinhos produtores de coca, com um produtor de maconha, com uma quantidade enorme de contrabando, o que vem afetar diretamente (...) a qualidade de vida. (REP) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, mostrou preocupação sobre como a perda da competitividade industrial brasileira afeta a soberania nacional. Não só pelo domínio crescente de empresas multinacionais na produção econômica, mas também pela perda de espaço para a Ásia. (Requião) na década de 80, nós tínhamos uma produção industrial no Brasil superior à dos Tigres Asiáticos – (...) à da Tailândia, à da Malásia, à da Coreia do Sul e à da China. Hoje nós não produzimos 15% industrialmente do que eles produzem. E nós estamos vendo que isso decorreu (...) da financeirização da economia, na paralisação do desenvolvimento de projeto de investimentos em ciência e tecnologia.. (REP). O general Villas Boas explicou que no caso do Exército tem havido a preocupação com geração de empregos e tecnologias com conteúdo nacional. (Villas Boas) Uma característica dos projetos do Exército é que eles têm altíssimo componente nacional. Nenhum deles tem como principal vetor de implementação empresas internacionais. Então, o Sisfron são empresas subsidiárias da Embraer com 70% de conteúdo nacional, 17 empresas, 12 mil empregos. (REP) Durante a audiência o general Villas Boas reafirmou o atual caráter legalista do Exército, contrário a qualquer tipo de intervenção militar na política.

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