CE vai ouvir ministro da Educação sobre o fim do Ciência sem Fronteiras para alunos de graduação

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LOC: O MINISTRO DA EDUCAÇÃO DEVERÁ DAR EXPLICAÇÕES AOS SENADORES SOBRE O FIM DO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS PARA OS ALUNOS DE GRADUAÇÃO. LOC: A VINDA DE MENDONÇA FILHO À COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 16 DE MAIO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) O governo federal anunciou no início de abril que o programa Ciência sem Fronteiras, que financia o intercâmbio de estudantes em instituições no exterior, iria ser suspenso para os cursos de graduação. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, criticou a medida e apresentou um pedido de convocação do ministro, Mendonça Filho, para dar explicações sobre o fim das bolsas. O senador lembrou que mesmo com a manutenção do programa para a pós-graduação, haverá prejuízos para a pesquisa e a ciência, já que a maior parte dos benefícios era concedida a alunos da graduação. (Humberto Costa) O ministro Mendonça Filho é um mãos de tesoura vocacionado a cortar tudo o que vinha dando certo, como fez com o Fies, o Prouni e, mais recentemente com o Ciências sem Fronteiras, que levou mais de 100 mil alunos de todo o Brasil, das diversas classes sociais, para estudar no exterior. É o fim da possibilidade de os graduandos irem se capacitar em outros países e trazerem para o Brasil o seu aprendizado. (Repórter) A presidente da Comissão de Educação, Lúcia Vânia, do PSB de Goiás, defendeu que o ministro dê os esclarecimentos, mas sugeriu que a convocação fosse transformada em convite. (Lúcia Vânia) Como o ministro da educação já está prevista a sua vinda aqui no dia 16, não é justo que ele seja convocado. Nós já fizemos o convite e já houve a aquiescência do ministro. Então será convidado o ministro para que ele venha falar não só das diretrizes da sua pasta como também especificamente desse requerimento Ciência sem Fronteiras. (Repórter) A justificativa do governo para os cortes é que os custos de manutenção dos alunos no exterior são altos, passando de 100 mil reais por ano para cada estudante. O Ministério da Educação anunciou que aqueles alunos que já estão fora do País – cerca de 10 mil – não serão afetados e vão continuar recebendo o auxílio até o fim do intercâmbio.