Segue para sanção proposta que inclui Zuzu Angel no Livro de Heróis da Pátria
Segue para sanção presidencial proposta que inclui o nome da estilista Zuzu Angel no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. A estilista enfrentou a ditadura militar e ficou conhecida por lutar para saber o paradeiro de seu filho, sumido durante o regime militar.
Para a relatora da proposta, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), Zuzu Angel dedicou a vida ao país e por isso merece reconhecimento.
Transcrição
LOC: SEGUE PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL PROPOSTA QUE INCLUI O NOME DA ESTILISTA ZUZU ANGEL NO LIVRO DE HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA.
LOC: A ESTILISTA ENFRENTOU A DITADURA MILITAR E FICOU CONHECIDA POR LUTAR PARA SABER O PARADEIRO DE SEU FILHO, SUMIDO DURANTE O REGIME. REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO.
(Repórter) Zuleika Angel Jones, ou simplesmente Zuzu Angel, a estilista que marcou a moda do país, por sua luta política. Zuzu ficou conhecida pelo jeito único de mostrar sua arte: usava os desfiles de moda como forma de protesto ao regime militar e pelo assassinato do filho Stuart Edgar Angel Jones, morto aos 26 anos pelos órgãos de repressão. Seu protagonismo vai ficar registrado para sempre na história do Brasil. É que o Senado aprovou projeto da Câmara que escreve o nome da estilista no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Para a relatora da proposta, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, Zuzu Angel dedicou a vida ao país e por isso merece reconhecimento:
(Vanessa Grazziotin) Ela destacou o Brasil no mundo inteiro na luta de denúncias contra os atos que atentavam os direitos humanos durante a ditadura militar através da busca de seu filho.
(Repórter) Após a morte do filho, Zuzu se tornou ativista no enfrentamento contra a ditadura. E em 1976, a estilista morreu em um acidente de carro no Rio de Janeiro, que carrega muitos mistérios até os dias de hoje. Depois de anos de investigações, em 1998, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos encontrou evidências de que o acidente tenha sido criminoso. Vanessa Grazziotin destacou que a apuração precisa continuar:
(Vanessa Grazziotin) É bom lembrar que uma decisão recente da Justiça que determina a abertura de todos os arquivos relacionados a ditadura, e isso pode ser que traga alguma luz para que a gente traga ao conhecimento público aquilo que precisamos conhecer.
(Repórter) Apenas cinco mulheres estão inscritas no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, entre elas estão: Jovita Feitosa, voluntária no Exército na Guerra do Paraguai e Clara Camarão, que combateu os holandeses na Batalha dos Guararapes. A inclusão do nome da estilista Zuzu Angel na lista seguirá para sanção presidencial.