Presidente da CAS caracteriza como revoltante o fato de goleiro Bruno ser tratado como ídolo infantil — Rádio Senado
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Presidente da CAS caracteriza como revoltante o fato de goleiro Bruno ser tratado como ídolo infantil

A presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), senadora Marta Suplicy (PMDB – SP), caracterizou como revoltante o fato de o goleiro Bruno, condenado por assassinato, ser tratado como ídolo infantil. A senadora se referiu à foto na capa do jornal Estadão em que meninos tiraram uma selfie com o goleiro.

15/03/2017, 13h30 - ATUALIZADO EM 15/03/2017, 15h29
Duração de áudio: 01:58
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, MARTA SUPLICY, DO PMDB DE SÃO PAULO, CARACTERIZOU COMO REVOLTANTE O FATO DE O GOLEIRO BRUNO, CONDENADO POR ASSASSINATO, SER TRATADO COMO ÍDOLO INFANTIL. LOC: A SENADORA SE REFERIU À FOTO NA CAPA DO JORNAL ESTADÃO EM QUE MENINOS TIRARAM UMA SELF COM O GOLEIRO. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: Para a presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, o goleiro Bruno, assim como qualquer pessoa que comete crime, deve ter uma nova oportunidade. Porém, a senadora não concorda que o criminoso seja tratado como ídolo. (MARTA) “É realmente revoltante! Uma pessoa que foi condenada pelo assassinato de uma mulher e que se transforma em ídolo infantil. Gente, é a banalização total da vida. Nós não podemos proibir a pessoa de retomar a vida, mas, ao mesmo tempo, é uma pessoa que não teve uma frase de arrependimento, não disse nada, é como se aquela mulher não existiu na vida. Nós temos que fazer uma reflexão profunda sobre isso”. (Repórter): Também a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, apoiou a iniciativa de Marta Suplicy de discutir o tema na comissão. (ANA AMÉLIA) “Pela referência que fez sobre a abordagem em relação ao goleiro Bruno, essa é uma reflexão que, realmente, precisamos aprofundar”. (Repórter): Ao tomar posse como presidente da Comissão de Direitos Humanos, a senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, ressaltou que os direitos das pessoas devem ser garantidos. E rechaçou a ideia de que aqueles que defendem os direitos humanos apoiam criminosos. (REGINA) “São para preservar os direitos frente à truculência do Estado e de setores do poder econômico. A crítica aos direitos humanos acabou se consolidando no discurso do ódio, para o qual toda acusação de arbitrariedade, toda contestação, é tratada como mimimi, como se fosse a defesa de criminosos, enquanto a população estaria desarmada, correndo risco. Este argumento repetido à exaustão em programas de TV é falacioso”. (Repórter): O goleiro Bruno foi condenado a mais de vinte anos de prisão por matar Eliza Samudio. Ele saiu da cadeia há cerca de um mês para aguardar em liberdade o julgamento em segunda instância de recurso sobre sua condenação. E foi contratado pelo Boa Esporte Clube de futebol, de Varginha, em Minas Gerais.

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