CCJ analisa projeto que exige quarentena para profissionais da iniciativa privada para exercer cargos públicos — Rádio Senado
Projeto

CCJ analisa projeto que exige quarentena para profissionais da iniciativa privada para exercer cargos públicos

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) pode votar neste ano projeto de lei (PLS 233/2016) que exige uma quarentena para profissionais vindos da iniciativa privada assumirem funções públicas que poderiam despertar conflitos de interesse. Seria o caso de um banqueiro na Presidência do Banco Central, responsável por fiscalizar os bancos.

Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCBdoB - AM), a indicação do Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central é um caso típico dessa relação. Ilan Goldfajn além de ser diretor de um banco privado, também é acionista do banco.

06/03/2017, 12h54 - ATUALIZADO EM 06/03/2017, 13h46
Duração de áudio: 01:18
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PODE VOTAR NESTE ANO PROJETO DE LEI QUE EXIGE UMA QUARENTENA PARA PROFISSIONAIS VINDOS DA INICIATIVA PRIVADA EM FUNÇÕES QUE PODERIAM DESPERTAR CONFLITOS DE INTERESSE. LOC: SERIA O CASO DE UM BANQUEIRO NA PRESIDÊNCIA DO BANCO CENTRAL, RESPONSÁVEL POR FISCALIZAR OS BANCOS. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O projeto de lei foi apresentado no ano passado pela senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, pouco após a indicação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central. Na sabatina de Ilan, Vanessa criticou o fato de o indicado não apenas ser diretor de um banco privado como ser acionista. A senadora afirmou que havia ali um claro conflito de interesses, um ex-banqueiro fiscalizando o setor bancário. (Vanessa Grazziotin) Dr. Ilan, foi muito debatido aqui também o fato de o senhor ser acionista, não apenas o economista chefe, de um dos maiores, senão o maior, bancos privados do Brasil, o Itaú Unibanco. (Repórter) O hoje presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, se defendeu dizendo que o serviço público poderia ganhar bastante com a experiência de alguém vindo do setor privado. Vanessa Grazziotin lembrou que já existe uma quarentena para os que deixam o serviço público, mas que não há medida semelhante para quem vem do setor privado. A proposta dela implementa uma espécie de quarentena antecedente, também de seis meses, para profissionais da iniciativa privada, com informações privilegiadas, ocuparem determinados cargos públicos. PROJETO DE LEI DO SENADO nº 233, de 2016

Ao vivo
00:0000:00