Michel Temer sanciona reforma do ensino médio — Rádio Senado
Educação

Michel Temer sanciona reforma do ensino médio

A Reforma do Ensino Médio foi sancionada nesta quinta-feira (16) pelo Presidente da República, Michel Temer. Entre outros pontos, a proposta aprovada pelo Congresso Nacional prevê a implantação gradual do ensino integral, com o aumento da grade horária de quatro para sete horas de aula por dia. Segundo o relator da matéria no Senado, senador Pedro Chaves (PSC – MS), o novo modelo é adotado em outros países e busca atrair e manter os jovens nas escolas. Para a senadora Fátima Bezerra (PT – RN), a reforma não poderia ser analisada pelo Congresso por Medida Provisória (MPV 746/2016), em apenas quatro meses de debate.

16/02/2017, 13h26 - ATUALIZADO EM 16/02/2017, 14h51
Duração de áudio: 02:33
Brasília - Presidente Michel Temer anuncia liberação de milho dos estoques governamentais para venda a criadores e agroindústrias de pequeno porte do Nordeste, no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Antonio Cruz/Agência Brasil

Transcrição
LOC: A REFORMA DO ENSINO MÉDIO FOI SANCIONADA NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MICHEL TEMER. LOC: ENTRE OUTROS PONTOS, A PROPOSTA APROVADA PELO CONGRESSO NACIONAL PREVÊ A IMPLANTAÇÃO GRADUAL DO ENSINO INTEGRAL, COM O AUMENTO DA GRADE HORÁRIA DE QUATRO PARA SETE HORAS DE AULA POR DIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: A reforma do ensino médio prevê, entre outros pontos, a implantação gradual do ensino integral, com o aumento da carga horária mínima anual de oitocentas para mil e quatrocentas horas de aula. A nova lei também estabelece que os estudantes tenham 60% de conteúdos comuns, com aulas de português, matemática, artes e educação física, por exemplo. Os 40% restantes serão definidos segundo a proposta da escola e escolhidos pelos estudantes conforme a formação profissional desejada. Com as mudanças, o Ensino Médio terá disciplinas nas áreas de linguagens, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e ciências humanas e sociais aplicadas, além de formação técnica e profissional. Durante a solenidade no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que a reforma é ousada e busca valorizar a Educação (Temer) “ É preciso modernizar a educação no país. Enaltecer a educação brasileira como força motriz para o crescimento e para o desenvolvimento do país” (Cardim) O relator da matéria no Senado, Pedro Chaves, do PSC de Mato Grosso do Sul, lembrou que o novo modelo é adotado em outros países e busca atrair e manter os jovens nas escolas. (Chaves) “ Um currículo e um conteúdo sintonizado com o primeiro mundo, como os países que adotam, como Europa, Estados Unidos e Ásia, onde o aluno tem uma flexibilidade grande e ele pode ser protagonista de sua própria formação” (Cardim) O tema é polêmico e dividiu a opinião de estudantes, especialistas e parlamentares. A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, argumentou que a reforma não poderia ser analisada pelo Congresso por Medida Provisória, em apenas quatro meses de debate. (1130D02) “Profundas mudanças no sistema educacional não podem ser feitas de maneira impositiva. Afirmamos veementemente que a realização de uma reforma desta envergadura, por meio de Medida Provisória é antidemocrática. (Cardim) A nova lei também estabelece a criação da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, para ampliar o número de escolas públicas com ensino integral. Da Rádio Senado, George Cardim.

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