PEC que muda Previdência já está em discussão na Câmara

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LOC: A PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO QUE MUDA A PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA JÁ ESTÁ EM DISCUSSÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS. LOC: ENTRETANTO, SEUS PONTOS PRINCIPAIS JÁ CAUSAM DEBATES NO SENADO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Embora a PEC da reforma da previdência ainda esteja em suas fases iniciais na Câmara dos Deputados, alguns de seus principais itens como o aumento do tempo de contribuição e da idade para a aposentadoria integral já causam debates no Senado Federal. O senador Garibaldi Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte, que já foi ministro da Previdência Social, defende uma reforma e afirma que, pelo aumento da expectativa de vida dos brasileiros e pela redução dos nascimentos, o sistema estaria se tornando insustentável: (Repórter) Foram feitas reformas pontuais. E agora nós estamos aí, diante de uma reforma muito mais pesada, drástica, de que uma reforma que tivesse sido feita lá atrás. Pra aposentado, nós precisamos ter quatro trabalhadores na atividade pra financiar um inativo. E o país, a nossa sociedade, o nosso povo, está envelhecendo. A população está envelhecendo. . (Repórter) Por outro lado, diversos especialistas ligados à justiça do trabalho, entidades sindicais e associações de aposentados afirmam que o sistema está mal administrado. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, é crítico em relação à proposta que está em debate na Câmara. Para ele, a reforma fará com que as pessoas trabalhem até os 80 anos de idade para ter seus salários integrais: (Paulo Paim) O projeto é tão absurdo, tão maquiavélico, é tão fora da realidade, que a primeira avaliação que eu faço é que eles botaram uma proposta truculenta para depois negociar no parlamento. Pela proposta que tá ali, não é só 65 não. 65 para quem começou a trabalhar com 16 anos. Se você começou a trabalhar com 17, já é 66; se começou a trabalhar com 18, é 67. E vai até 80 anos! 65 é a idade mínima e tem que ter 49 de contribuição! (Repórter) Outra questão polêmica é que a proposta de reforma acaba com a diferenciação entre homens e mulheres na idade mínima para a aposentadoria que ficaria em 65 anos. A PEC da reforma da previdência deve ser analisada a partir de fevereiro por uma comissão especial da Câmara dos Deputados.