Audiência debate recuperação da Eletrobras — Rádio Senado
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Audiência debate recuperação da Eletrobras

A Ouvidoria do Senado recebeu quase 80 mil solicitações em 2016, entre reclamações, dúvidas e sugestões enviadas pela população. A maior parte dos contatos diz respeito à situação política do país e à atuação parlamentar. Segundo a ouvidora do Senado, senadora Lúcia Vania (PSB – GO), apenas 3% das demandas ainda não foram solucionadas ainda, mas estão dentro do prazo.

15/12/2016, 14h03 - ATUALIZADO EM 15/12/2016, 14h15
Duração de áudio: 02:33
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: DEPOIS DE PRATICAMENTE TER SIDO LEVADA À FALÊNCIA, A ELETROBRAS COMEÇA A DAR ALGUNS SINAIS DE RECUPERAÇÃO. LOC: REPRESENTANTES DE SINDICATOS LIGADOS AO SISTEMA ELÉTRICO PARTICIPARAM DE UMA AUDIÊNCIA PUBLICA NO SENADO PARA DEBATER A SITUAÇÃO DO SETOR E PROTESTARAM CONTRA MAIS DEMISSÕES E PRIVATIZAÇÕES NO SETOR. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: A Eletrobras é a maior corporação de energia da América Latina. Suas empresas atendem a mais de seis milhões de clientes. E respondem, direta ou indiretamente, por mais de 37% da energia elétrica gerada e praticamente metade de toda a transmissão de energia do país. Entre as suas 16 subsidiárias estão Furnas, Itaipu Binacional, Chesf, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear. Mas desde 2012, quando o governo na época lançou medidas para reduzir artificialmente as tarifas de eletricidade, o sistema entrou no vermelho. Segundo o senador Helio José, do PMDB do Distrito Federal, que requereu a audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, o governo anterior quase causou o colapso da empresa. Até 2015, o prejuízo acumulado era bilionário. Só nos primeiros nove meses deste ano a empresa voltou a dar lucro. (Helio). O resultado dessas ações desastrosas foi empurrar o conglomerado para os braços da crise. Entre 2012 e 2015, inclusive o prejuízo acumulado da empresa alcançou a cifra de 31 bilhões. (Floriano) Em 2013 e 2014, a Eletrobras implantou um Programa de Demissão Voluntária e foram desligados mais de 5 mil empregados. Agora foi anunciado um novo plano de demissão. A empresa também tentou iniciar no ano passado um programa de privatizações. Mas só no último mês é que a companhia de energia elétrica de Goiás foi vendida para uma empresa italiana. Nailor Gato, que representou a Federação Nacional dos Urbanitários na audiência disse que as privatizações poderão aumentar as demissões no setor. (Nailor). Nós defendemos contra privatizar porque entendemos que tanto a energia elétrica, como saneamento, como água não são mercadoria, não é para (...) serem auferidos os lucros exorbitantes como tem no setor elétrico. (REP). O senador Hélio José lamentou a ausência de representantes do governo na audiência e pediu que eles compareçam a um próximo debate no ano que vem. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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