Especialistas e sindicalistas criticam proposta de reforma da previdência
Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS E SINDICALISTAS CRITICARAM A PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ENVIADA AO CONGRESSO PELO GOVERNO DE MICHEL TEMER.
LOC: EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO, AS PROPOSTAS DE AUMENTO DE TEMPO DA CONTRIBUIÇÃO E DE REDUÇÃO DOS VALORES DAS APOSENTADORIAS FORAM OS PRINCIPAIS PONTOS DEBATIDOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TÉC: Juízes do Trabalho, Auditores Fiscais, Sindicalistas e especialistas convidados pela Comissão de Direitos Humanos para debater a PEC 287, que altera as regras da Previdência Social, foram unânimes em criticá-la e afirmar que será um profundo retrocesso nos direitos previdenciários. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão, afirmou que essa PEC é praticamente um crime de “Lesa-Pátria”:
(PAIM): Com essa proposta que foi encaminhada à Casa, é um crime de Lesa-Pátria, é um crime Contra a Humanidade. Se você começou a trabalhar com 16 anos e ninguém consegue 49 anos sem nenhum intervalo. Significa que a idade mínima vai ficar em torno de 67. Ninguém vai se aposentar com 65. Isso se começou com 16 anos. Calcule os senhores quem começou com 18, quem começou com 20... vai se aposentar depois dos 80!
(PENNA): O senador Paim ainda citou que considera injusto que todos aqueles que elaboraram essa proposta de aposentadoria já se aposentaram e ganham mais de 33 mil reais por mês. O consultor do Senado, Luiz Alberto dos Santos, especialista em Previdência Social, afirmou que a limitação dos gastos do orçamento prejudicará as aposentadorias:
(LUIS): Se o Congresso aprova uma PEC para controlar gastos e congelar despesas por 20 anos, precisa então reduzir o gasto previdenciário, sob pena de ele continuando a crescer, outras despesas terem de ser reduzidas totalmente. Essa reforma busca concretizar as tentativas anteriores de reforma, naquilo que elas não lograram resultados e de negação de estado bem-estar social que a Constituição de 1988 erigiu.
(PENNA): Thais Riedel, presidente do Instituto Brasiliense de Direito Privado, frisou que a Previdência não depende de uma única fonte de recursos e sim de um conjunto que vem sendo omitido pelos governos, com o objetivo de criar a ilusão de um déficit. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.
PEC 287/2016