Governo e oposição divergem sobre votação da PEC do Teto no caso de afastamento de Renan — Rádio Senado
Proposta

Governo e oposição divergem sobre votação da PEC do Teto no caso de afastamento de Renan

06/12/2016, 21h08 - ATUALIZADO EM 06/12/2016, 21h08
Duração de áudio: 02:51
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: GOVERNISTAS DIZEM QUE EVENTUAL AFASTAMENTO DE RENAN CALHEIROS DA PRESIDÊNCIA DO SENADO NÃO VAI ATRAPALHAR O SEGUNDO TURNO DA PEC DO TETO DE GASTOS. LOC: MAS A OPOSIÇÃO AVALIA QUE NÃO HAVERÁ SESSÕES A TEMPO DE APROVAR A PROPOSTA ATÉ SEMANA QUE VEM. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Alegando um cenário de incerteza política, diversos senadores elogiaram a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, de julgar nesta quarta o pedido de afastamento da presidência do Senado do senador Renan Calheiros do PMDB de Alagoas. Ao ressaltar que aguarda um veredicto do Supremo, o primeiro vice-presidente, senador Jorge Viana, do PT do Acre, negou que atrapalhará a votação em segundo turno da PEC do teto de gastos. (Jorge Viana) Contesto versões que saíram de que tomaria medidas precipitadas. Não haverá medida precipitada nenhuma. Estarei aqui ajudando para que a gente aguarde a decisão do Pleno do Supremo. E que lá do Supremo venha uma solução para concluirmos o trabalho. Faltam duas semanas para concluirmos o trabalho aqui.. (Repórter) Mas o líder da minoria, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, considera prejudicada a votação da PEC do teto de gastos. (Lindbergh Farias) Estamos reafirmando aquela nossa posição que a pauta toda, em especial a PEC 55, não será apreciada na próxima semana. Não pode e não terá tempo hábil. Não vamos ter os prazos de discussão da PEC 55. Vou defender isso até o final. (Repórter) O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado, de Goiás, insiste, no entanto, na votação da PEC do teto na próxima semana. (Ronaldo Caiado) Temos uma pauta a cumprir e hora alguma se colocou em dúvida a continuidade das sessões no Senado e nas comissões. É uma análise subjetiva. Não tem porque você querer ampliar e trazer um assunto para o Plenário do Senado sendo que temos matérias pautadas, que são relevantes e urgentes. (Repórter) O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, acredita que independentemente da decisão do Supremo, a PEC do teto de gastos corre riscos. (Humberto Costa) Não vamos discutir pauta do Senado enquanto não houver uma solução definitiva: quem é o presidente. Quando o presidente vier definitivamente a ser ungido, vamos discutir. Se o presidente for Renan, vamos insistir que não se vote. Se não for Renan, vamos discutir qual será a nossa posição. (Repórter) Mas o senador Aécio Neves, do PSDB mineiro, fez um apelo para o cumprimento de um acordo que definiu o calendário de votação da PEC do teto de gastos. (Aécio Neves) Mesmo na eventualidade de uma substituição temporária do presidente do Senado, a votação da PEC do teto terá que necessariamente ser mantida para o dia 13. Ela é fruto de um acordo entre governo e oposição nesta Casa. (Repórter) São necessárias três sessões de discussão antes da votação em segundo turno da PEC do teto de gastos.

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