Dados do IBGE mostram que mulheres ainda recebem quase 25% menos que os homens — Rádio Senado
Economia

Dados do IBGE mostram que mulheres ainda recebem quase 25% menos que os homens

02/12/2016, 17h38 - ATUALIZADO EM 02/12/2016, 17h38
Duração de áudio: 02:01
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: DADOS DO IBGE MOSTRAM QUE MULHERES AINDA RECEBEM QUASE VINTE E CINCO POR CENTO A MENOS QUE OS HOMENS, MESMO EM CASOS DE MAIOR ESCOLARIDADE. LOC: ALÉM DA DESIGULADADE SALARIAL, OS INDICADORES APONTAM QUE A JORNADA DE TRABALHO TAMBÉM É SUPERIOR PARA ELAS. REPÓRTER THIAGO MELO. TÉC: As mulheres ganham 76% do salário recebido pelos homens. Os dados fazem parte de um levantamento do IBGE realizado entre 2005 e 2015. Os números mostram que, na comparação com 2005, houve um aumento de cinco pontos percentuais na renda mensal da mulher. A desigualdade também é observada em relação à escolaridade, sendo que a disparidade do rendimento por hora entre mulheres e homens passou de 62,5% para 68,5%. Outro indicador mostra que as mulheres que ocupam cargos de chefia recebem, em média, 68% do salário médio dos homens. A senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, lamentou que mesmo as mulheres com maior grau de escolaridade ainda são desvalorizadas em relação aos homens. (Regina) Não é uma novidade, não é surpresa, é só uma constatação daquilo que a gente vem denunciando, da desigualdade entre gêneros, da situação de inferioridade em que ainda vivem as mulheres apesar de terem superado muitas coisas, por exemplo, na escolaridade. Pesquisas de escolaridades as mulheres são mais escolarizadas que os homens, estudam mais. O que justifica uma empresa pagar mais para um homem e menos para uma mulher para fazer o mesmo trabalho? É um absurdo isso. (REP) A senadora ainda destacou a necessidade de maior participação feminina na política brasileira, o que, segundo ela, é uma forma de enfrentar a desigualdade de gênero. Regina Sousa citou o Senado como exemplo, onde dos 81 parlamentares, apenas 13 são mulheres. (Regina Sousa) Nós enfatizamos muito a participação na política, porque a participação na política envolve tudo isso. É lamentável que O Brasil que quer ser desenvolvido, mas com esses indicadores, não é só a questão econômica que vai contar. Indicadores sociais também contam muito nessas avaliações. (REP) Os dados do IBGE ainda mostram que o tempo gasto com atividades domésticas é diferente entre homens e mulheres. Enquanto para eles a média é de 10 horas semanais, as mulheres têm uma carga de até 20 horas.

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