Participantes cobram cirurgias reparadoras e atendimento psicológico para vítimas de mutilação — Rádio Senado
Violência contra a mulher

Participantes cobram cirurgias reparadoras e atendimento psicológico para vítimas de mutilação

30/11/2016, 19h50 - ATUALIZADO EM 30/11/2016, 19h50
Duração de áudio: 02:04
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, PARTICIPANTES COBRAM CIRURGIAS REPARADORAS E ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PARA VÍTIMAS DE MUTILAÇÃO LOC: AGRESSÕES CONTRA MULHERES TRANS E TRAVESTIS TAMBÉM FORAM DEBATIDAS PELO COLEGIADO. REPÓRTER THIAGO MELO. TÉC: Para Eduarda Mourão, presidente da Comissão Nacional de Mulheres Advogadas, o maior problema contra as mulheres é a intolerância. Ela lembrou que o Brasil está entre os cinco países com maior número de agressões contra mulheres. A representante da Associação Brasileira de Psiquiatria, Gislene Valadares, destacou que as vítimas de violência são mais sensíveis ao uso de álcool e drogas. Já a Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra mulheres, Maria Rita Soares, afirmou que para os agressores, a mutilação é sinônimo de pertencimento. Ela cobrou mais atenção do governo em políticas públicas e de saúde que possam amenizar a dor da mulher, como cirurgias reparadoras e atendimento psicológico. (Mª Rita Soares) Qual é o objetivo da mutilação? Causar sofrimento e dano permanente. Algumas partes do corpo são o foco dessa agressão, para tornar visível a violência, que é uma forma que se tem de impor que o corpo da mulher é público, é direito dele. (REP) A senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, lembrou que a violência contra mulheres negras tem crescido ano a ano. Para ela, o fato torna-se ainda pior frente ao racismo. (Regina Sousa) Hoje de manhã já se tratava dentro da audiência pública a questão da violência contra a mulher negra, que os índices são muito maiores. Violência obstétrica, mortalidade materna no parto, tudo da mulher negra. E a violência doméstica também, os índices da mulher negra só crescem. Então também é outra questão séria que a gente tem que enfrentar. (REP) A segunda parte da audiência foi dedicada ao debate da violência contra mulheres trans e travestis. A representante da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil, Paula Bénetti, afirmou que devido ao preconceito, as trans não são tratadas com respeito. Além das agressões físicas, precisam enfrentar agressões verbais e emocionais. (Paula Bénetti) Nós temos que falar de mulheres trans e travestis em relação à violência contra a mulher, por que? Carregamos essa vulnerabilidade feminina. E quando somos agredidas na rua, é porque a gente transitou de gênero. (REP) A representante do Ministério da Saúde, Maria Esther Vilela, ressaltou os serviços de atendimento à mulher vítima de violência pelo número 180.

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