Senadores repercutem falecimento do ex-presidente cubano Fidel Castro
Senadores comentaram em Plenário o falecimento do ex-presidente cubano Fidel Castro. Fidel foi um dos líderes da revolução que em 1959 depôs o governo de Fulgêncio Batista e instalou o socialismo na ilha caribenha.
Transcrição
LOC: SENADORES REPERCUTIRAM EM PLENÁRIO O FALECIMENTO DO EX-PRESIDENTE CUBANO FIDEL CASTRO.
LOC: FIDEL FOI UM DOS LÍDERES DA REVOLUÇÃO QUE EM 1959 DEPÔS O GOVERNO DE FULGÊNCIO BATISTA E INSTALOU O SOCIALISMO NA ILHA CARIBENHA. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE.
TEC: A morte de Fidel Castro foi lembrada por vários senadores no Plenário. O ex-líder cubano, que comandou o país caribenho por 47 anos, faleceu no último sábado aos 90 anos. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que Fidel passará para a história como um dos mais importantes líderes revolucionários:
(Humberto Costa) Sem sombra de dúvida, um dos principais personagens da história em todos os tempos, um revolucionário que livrou o seu país de um regime de governo dominado pelos privilegiados e tornou Cuba um caso raro de construção de cidadania e igualdade para toda a população.
REP: A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, citou que uma parte da imprensa dos Estados Unidos, país que impôs um embargo econômico à Cuba após a chegada de Fidel ao poder, também reconheceu o papel histórico do ex-presidente.
(Vanessa) Nem mesmo o New York Times teve como deixar de reconhecer a seguinte questão, dizendo que, com tanto isolamento, com tanta maldade que se cometeu e que ainda se comete, há tantos anos, contra o regime de Cuba, aquele país vem se sustentando, e certamente ele não se sustenta à base da força ou da violência, mas à base de muita coragem e envolvimento da maioria do povo cubano.
REP: Para a Senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que visitou a ilha em 1985 como jornalista e presenciou audiências de Fidel com representantes brasileiros, o falecimento do líder encerra um ciclo histórico para a população cubana
(Ana Amélia) De qualquer modo, encerra-se um ciclo. O que se deseja é que a morte de Fidel traga ao povo cubano, especialmente às novas gerações, a perspectiva da redemocratização do país, porque é importante a inclusão e a igualdade, mas mais importante é a liberdade.
REP: Ao lamentar a morte de Fidel, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, disse que a despeito das convicções e ideologias políticas, o ex-presidente de Cuba foi um homem que marcou a história mundial. Para Renan, posições políticas diferentes, desde que respeitados valores democráticos, contribuem para enriquecer a história.