Geddel Vieira Lima pede demissão e senadores repercutem saída — Rádio Senado
Governo Temer

Geddel Vieira Lima pede demissão e senadores repercutem saída

25/11/2016, 13h03 - ATUALIZADO EM 25/11/2016, 13h03
Duração de áudio: 02:03
Brasília - Geddel Vieira recebe o manifesto de apoio ao ministro chefe da secretaria de governo, do deputado André Moura (Valter Campanato/Agência Brasil)
Valter Campanato/Agência Brasil

Transcrição
LOC: AO ANUNCIAR PEDIDO DE IMPEACHMENT E AÇÃO POR INFRAÇÃO PENAL CONTRA TEMER, OPOSIÇÃO CONSIDERA DIFÍCIL VOTAÇÃO DA PEC DO TETO DE GASTOS. LOC: APÓS PEDIDO DE DEMISSÃO DE GEDDEL VIEIRA GOVERNISTAS CONSIDERAM EPISÓDIO SUPERADO E APROVAÇÃO DA PEC COMO CERTA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: A oposição deve apresentar nesta segunda-feira o pedido de impeachment e de ação por infração penal contra o presidente Michel Temer por advocacia administrativa, quando o agente público se vale do cargo para defender interesses particulares. O caso se refere a Geddel Vieira Lima, que pediu demissão após o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero denunciar pressão do colega para o Iphan liberar uma obra embargada em Salvador, onde comprou um apartamento. Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse ter sido enquadrado por Temer para enviar o processo de interesse de Geddel para a Advocacia Geral da União, que solucionaria tecnicamente o embargo do Iphan. Ao afirmar que a demissão de Geddel não encerra a crise nem arquiva o pedido de impeachment, o líder da minoria, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, disse que o episódio pode comprometer a votação em primeiro turno, na terça-feira, da PEC que limita os gastos à inflação por 20 anos. (Lindbergh) Sabemos que é difícil. E sei que o governo hoje tem a maioria no Plenário. Isso aqui vai fragilizar muito o governo. Vamos trazer esse tema da crise para o Plenário do Senado na segunda e terça-feira. Na terça-feira, haverá caravanas do Brasil inteiro aqui. E vamos insistir que não é hora de votarmos uma PEC como essa no meio de uma crise dessa dimensão. REP: Ao afirmar que o pedido de demissão de Geddel foi uma decisão pessoal, o líder do PSDB, senador Paulo Bauer, de Santa Catarina, negou qualquer dificuldade para aprovar em primeiro turno a PEC do teto de gastos. (Bauer) Temos votos e compromisso com o País. Temos acima de tudo, responsabilidade. Os fatos que são inerentes à gestão pública, à política, a essas denúncias, à corrupção, à Lava Jato, tudo isso anda paralelo ao trabalho legislativo. Tenho muita tranquilidade e confiança na votação da PEC com número suficiente. REP: O segundo turno da PEC está previsto para o dia 13 de dezembro. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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