Telemarketing é tema de debate em audiência pública no Senado

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LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DISCUTIU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA O PROJETO QUE REGULAMENTA AS ATIVIDADES DE TELEATENDIMENTO E DE TELEMARKETING. LOC: ENTRE OUTROS PONTOS, O TEXTO ESTABELECE UMA JORNADA MÁXIMA DE SEIS HORAS DIÁRIAS E PAUSA DE DEZ MINUTOS A CADA 50 MINUTOS TRABALHADOS POR ESSES PROFISSIONAIS. REPÓRTER THIAGO MELO. TÉC: O texto limita a jornada de trabalho dos operadores de telemarketing a seis horas por dia, com um máximo de 36 horas semanais. E estabelece um intervalo de dez minutos de repouso a cada 50 minutos de trabalho contínuo. O objetivo é estabelecer regras para esta atividade, diminuir a precarização e o assédio moral, principalmente contra mulheres, conforme argumentou a representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações, Maria Iara Martins. Ela criticou a exploração de mão de obra nas regiões do Norte e Nordeste, e disse que as empresas não levam em consideração as capacidades física e emocional dos trabalhadores. (Maria Iara). Dentre tantos outros problemas, eu destaco aqui a alta rotatividade, o alto índice de assédio moral, além da baixa remuneração. Em nome do lucro, os teleoperadores são tratados como máquinas. (REP). Já o representante da Associação Brasileira de Telesserviços, Claúdio Tartarini, rebateu dizendo que o setor de teleatendimento é importante para o PIB brasileiro e para a distribuição de renda. Ele criticou a proposta de aumento do tempo de pausa atrelado ao atendimento e disse que menos de 5% dos trabalhadores que deixam o setor saem por problemas de desgaste ou precarização. (Claúdio). É sempre desafiante a contratação no primeiro emprego, então tem que quebrar o paradigma de que a atividade precariza. Esse aumento brutal de pausas na prática vai implicar no desemprego que mencionei e vai piorar a qualidade do atendimento. (REP) O senador Waldemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul, defendeu maior autonomia e eficiência no atendimento ao consumidor. (Moka) Eu acho que a audiência é em boa hora, acho que é um tema que precisa ser discutido e que precisa ser regulamentado na forma de lei. (REP) A CAS deve fazer uma nova audiência sobre o tema. Da Rádio Senado, Thiago Melo. PLC 12/2016