Senado pode votar criação de plano para reduzir assassinatos de jovens no país — Rádio Senado
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Senado pode votar criação de plano para reduzir assassinatos de jovens no país

O Senado pode votar a criação de um Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens para reduzir o assassinato nesse grupo no país. Por ano, quase 30 mil pessoas entre 15 e 29 anos são mortas no brasil. Para tentar reverter este cenário em um prazo de uma década, o projeto (PLS nº 240/2016) encaminhado pela CPI do Assassinato de Jovens estabelece cinco metas que devem ser coordenadas e executadas pelo governo federal em parceria com os estados e municípios. O relator, senador Telmário Mota (PDT – RR), ainda defende políticas específicas para atender os jovens negros e pobres que vivem em áreas com altas taxas de violência e lideram o ranking de mortes no país. Oito em cada dez jovens assassinados são negros e pobres.

25/10/2016, 11h52 - ATUALIZADO EM 25/10/2016, 12h32
Duração de áudio: 02:08
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO PODE VOTAR A CRIAÇÃO DE UM PLANO NACIONAL PARA REDUZIR O ASSASSINATO DE JOVENS NO PAÍS. LOC: POR ANO, QUASE 30 MIL PESSOAS ENTRE 15 E 29 ANOS SÃO MORTAS NO BRASIL. OITO EM CADA DEZ JOVENS ASSASSINADOS SÃO NEGROS E POBRES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Segundo o Mapa da Violência, por ano, cerca de 30 mil jovens entre 15 e 29 anos são assassinados no Brasil. Oito em cada dez desses são negros ou pardos. Para tentar reverter este cenário em um prazo de uma década, um projeto encaminhado pela CPI do Assassinato de Jovens cria o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens. O texto estabelece cinco metas que devem ser coordenadas e executadas pelo governo federal em parceria com os estados e municípios. Entre elas, estão a redução do índice de homicídios para menos de 10 a cada 100 mil habitantes; o aumento da solução deste tipo de crime para 80% dos casos e a redução da violência policial. O relatório também prevê a avaliação e revisão das ações previstas no Plano a cada quatro anos, além da criação do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos sobre Violência e Segurança. O relator, senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, ainda defende políticas específicas para atender os jovens negros e pobres que vivem em áreas com altas taxas de violência e lideram o ranking de mortes no país. (Telmário Mota) “A causa dessas mortes, dessa violência, é a ausência das políticas públicas. Faltam escolas, falta geração de renda e emprego, política dirigida para botar o jovem no mercado de trabalho, falta habitação para essas famílias. São famílias desagregadas”. (Repórter) Pelo projeto, o governo federal tem um prazo de 180 dias para elaborar o plano nacional após a aprovação da lei. Os planos estaduais e municipais devem ser apresentados em até um ano. O projeto deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e em seguida pelo Plenário do Senado. PLS 240/2016

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