Renan defende incluir fim da reeleição em reforma política
O Senado vai se dedicar à reforma política após as eleições municipais. No dia 9 de novembro, os senadores devem votar, em primeiro turno, a proposta que proíbe as coligações nas eleições proporcionais e a cláusula de barreira (PEC 36/2016), que limita o acesso dos partido ao parlamento. O presidente do Senado, Renan Calheiros, quer que a reforma política inclua outros pontos, além dos consensuais. Ele defende uma nova discussão sobre o fim da reeleição para cargos no Executivo. Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a cláusula de barreira deverá mudar o cenário político já nas próximas eleições. Ele considera inconcebível a existência de 25 partidos na Câmara dos Deputados. O segundo turno da reforma política está marcado para o dia 23 de novembro. Acompanhe a reportagem de Hérica Christian.
Transcrição
LOC: APESAR DE DEFINIDOS OS PONTOS DA REFORMA POLÍTICA, O PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE INCLUIR O FIM DA REELEIÇÃO PARA CARGOS NO EXECUTIVO.
LOC: AS MUDANÇAS JÁ ACERTADAS PREVEEM A REDUÇÃO PELA METADE DO NÚMERO DE PARTIDOS POLÍTICOS E O FIM DA ELEIÇÃO DE QUEM NÃO TEM VOTO.
REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: Além da proposta que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior, os senadores também vão se dedicar à Reforma Política após as eleições. No dia 9, está prevista a votação em primeiro turno do fim das coligações para impedir a eleição de candidatos sem votos e da cláusula de barreira que vai reduzir o número de partidos. O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, defendeu que a Reforma Política inclua outros pontos, além dos consensuais. Ele quer discutir novamente o fim da reeleição para cargos no Executivo.
(Renan) Precisamos fazer uma Reforma Política digna do nome e que tenha fases. Que comece pela votação da proibição das coligações proporcionais. Vote na sequência a cláusula de barreira e em seguida, vote o fim da reeleição no Brasil. Acho que essa é uma necessidade.
REP: Um dos autores da Reforma Política, senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, ressaltou que a cláusula de barreira deverá mudar o cenário político já nas próximas eleições. Ele considera inconcebível a existência de 25 partidos na Câmara dos Deputados ao questionar se no Brasil há mais de 20 correntes de pensamento político. Segundo Aécio, apesar das exigências da legislação atual, há 35 partidos registrados na justiça eleitoral e outros pedidos pendentes.
(Aécio) Existem em tramitação junto ao Tribunal Superior Eleitoral pedidos para a criação de mais 51 legendas. E essa proposta é equilibrada, que não é radical, como atém mesmo eu mesmo gostaria, em que a redução seria maior. Mas se aplicada essa proposta, teríamos hoje o funcionamento dos partidos na Câmara reduzido de 25 para 13,14.
REP: Aprovado o primeiro turno no dia 9 de novembro, o segundo turno da Reforma Política está marcado para o dia 23. Da Rádio Senado, Hérica Christian.