Comissão de Combate à Violência contra Mulher debate integração das políticas públicas sobre o tema
A integração de políticas públicas foi tema de audiência na Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher. Participaram do encontro representantes dos Ministérios da Justiça e da Saúde. Sílvia Rita de Souza, coordenadora da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça divulgou dados do Mapa da Violência de 2015 que colocam o Brasil em 5º lugar no mundo em assassinato de mulheres. Maria Esther Vilela, da Coordenação da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, lembrou a necessidade das políticas públicas atenderem às mulheres por um ponto de vista humano, não-comercial, como o direito ao parto natural. O repórter Carlos Penna Brescianini, da Rádio Senado, tem os detalhes.
Transcrição
LOC: A INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS FOI TEMA DE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
LOC: PARTICIPARAM DO ENCONTRO REPRESENTANTES DOS MINISTÉRIOS DA JUSTIÇA E DA SAÚDE. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) Como integrar as diversas políticas públicas já existentes e que tem por objetivo combater a violência contra as mulheres? Essa foi a questão apresentada em audiência pública da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. Sílvia Rita de Souza, coordenadora da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça destacou que, apesar das políticas existentes, os números ainda são alarmantes:
(Sílvia Rita de Souza) Nós temos alguns dados importantes sobre a violência contra a mulher, dados do Mapa da Violência de 2015, que colocam o Brasil em 5º lugar do assassinato de mulheres. Em 2013 nós tivemos 4.762 mortes. 13 mortes violentas de mulheres diárias. Então a taxa de violência contra a mulher cresceu muito. De 22,9 em 2003 para 66,7 em 2013.
(Repórter) Maria Esther Vilela, da Coordenação da Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde lembrou a necessidade das políticas públicas da área atenderem às mulheres por um ponto de vista humano, não-comercial, e deu como exemplo o direito ao parto natural. Para Maria Esther é necessário ainda mostrar que a violência contra as mulheres, especialmente a doméstica, não é um fato banal:
(Maria Esther Vilela) Não podemos mais banalizar a violência contra as mulheres, que vem crescendo no nosso país e que ainda tem uma grande invisibilidade pela sociedade em geral.
(Repórter) A Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher só deverá se reunir novamente em novembro, após o segundo turno das eleições, para promover mais duas audiências públicas.