Aliados de Dilma já falam em recorrer ao STF caso o Senado confirme o impeachment

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LOC: OS ALIADOS DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF JÁ FALAM PUBLICAMENTE EM RECORRER AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CASO O SENADO CONFIRME O IMPEACHMENT. LOC: PARA OS DEFENSORES DA SAÍDA DE DILMA, A ESTRATÉGIA JÁ ERA ESPERADA. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Os senadores que defendem a presidente afastada Dilma Rousseff devem questionar o impeachment no Supremo Tribunal Federal. Eles alegam que até agora o STF só se manifestou sobre o rito do processo no Senado e não sobre o mérito, ou seja, se Dilma teria ou não cometido crime de responsabilidade. O vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, confirmou a intenção de tentar reverter por via judicial um eventual afastamento definitivo de Dilma da Presidência da República: (JORGE VIANA ): É óbvio que nós vamos recorrer de qualquer resultado que venha a materializar esse golpe parlamentar contra a presidente Dilma. É justo que a gente busque deixar claro, com base na Constituição, que nós não estamos tendo um impeachment, que não está tipificado o crime de responsabilidade da presidente. E eu volto a repetir: cadê os cúmplices? Ela não pode pensar, elaborar um decreto, ninguém pediu, ninguém solicitou, não foi nenhum ordenador de poder dos outros poderes? (MAURÍCIO): O relator do processo de impeachment na Comissão Especial do Senado, senador Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, considera normal que a defesa de Dilma Rousseff recorra ao STF, mas ele não acredita que a estratégia terá êxito: (ANTÔNIO ANASTASIA): A questão do recurso, do acionamento do Poder Judiciário, é prevista na Constituição para qualquer um. Então, nós não podemos limitar acesso ao Poder Judiciário. Mas me parece que se isso vier a acontecer, do meu ponto de vista, não logrará êxito. Mas será, caberá essa, uma estratégia para a defesa. (MAURÍCIO): Os questionamentos ao STF serão feitos apenas após a decisão final do Senado sobre o processo de impeachment, o que deve acontecer até o dia 31 de agosto. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.