Oposição e governo discutem estratégias para o julgamento de Dilma — Rádio Senado
Processo de Impeachment

Oposição e governo discutem estratégias para o julgamento de Dilma

23/08/2016, 19h53 - ATUALIZADO EM 23/08/2016, 20h02
Duração de áudio: 01:57
Jane Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DISCUTEM AS ESTRATÉGIAS PARA O INÍCIO DO JULGAMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF PREVISTO PARA ESTA QUINTA-FEIRA. LOC: ALIADOS DA PETISTA APOSTAM NA PRESENÇA DELA EM PLENÁRIO PARA BARRAR O PROCESSO. JÁ OS SENADORES PRÓ-IMPEACHMENT DECIDEM NÃO ATACAR DILMA NO INTERROGATÓRIO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A quinta e sexta-feiras serão dedicadas ao interrogatório das duas testemunhas da acusação e das seis da defesa. Para não alongarem esta fase, os senadores pró-impeachment decidiram que apenas os líderes partidários vão questionar o procurador no Tribunal de Contas da União, Júlio Marcello Oliveira, e o auditor do TCU, Antonio D’Ávila. Mas vão ignorar os nomes apresentados pela defesa: o ex-ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a ex-secretária do Tesouro, Esther Dweck; o ex-secretário do Ministério da Educação, Luiz Costa; o economista Luiz Belluzzo, e os professores de Direito, Geraldo Prado e Ricardo Lodi. Segundo o líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, as testemunhas de Dilma já passaram pela Comissão Especial. Ele antecipou que os pró-impeachment não farão ataques pessoais a Dilma, apenas perguntas sobre as acusações. (Aloysio) Com dureza no conteúdo. Mas evidentemente que toda pessoa acusada perante um tribunal, isso de alguma forma é um tribunal, o Senado, de uma forma, será um tribunal, merece ser tratada com respeito que merecem todos os réus. (Repórter): O líder da minoria, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, desafiou a oposição a enfrentar Dilma ao destacar que ela está pronta para responder às perguntas. (Lindbergh) Quero ver o confronto com ela. Acho que esse dia, o Brasil vai parar para escutar a presidente Dilma. Tenho uma certeza: vamos virar o opinião pública porque ficará claro que não houve crime por parte. E ela respondendo cada senador. (Repórter): O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, reafirmou que a fase de oitiva das testemunhas poderá se encerrar no final de semana para que na segunda-feira seja interrogada Dilma Rousseff. (Renan) Espero bom senso porque se as oitivas das testemunhas de defesa e acusação andarem rápido, não precisaremos trabalhar no sábado e no domingo. Caso contrário, vamos ter que trabalhar porque na segunda-feira às 9 horas vamos ouvir a presidente Dilma e em seguida, os senadores poderão fazer perguntas à presidente. (Repórter): A votação do julgamento final está prevista para terça-feira. Da Rádio Senado, HC.

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