Senadores comentam carta divulgada por Dilma Rousseff — Rádio Senado
Impeachment

Senadores comentam carta divulgada por Dilma Rousseff

Senadores pró-impeachment minimizam carta de Dilma Rousseff em que admite erros e pede que não seja injustiçada. Aliados da presidente afastada ressaltam o compromisso com novas eleições e andamento da Lava Jato. O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), negou que a carta venha tarde demais. Mas, para o líder do PV, senador Álvaro Dias (PR), a carta não mudará o voto dos favoráveis ao impeachment.

17/08/2016, 11h24 - ATUALIZADO EM 17/08/2016, 11h35
Duração de áudio: 02:46
Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff divulga carta batizada de: Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro, na qual admite que cometeu erros na gestão do país e propõe novo plebiscito (Wilson Dias/Agência Brasil)
Wilson Dias/Agência Brasil

Transcrição
LOC: SENADORES PRÓ-IMPEACHMENT MINIMIZAM CARTA DE DILMA ROUSSEFF EM QUE ADMITE ERROS E PEDE QUE NÃO SEJA INJUSTIÇADA. LOC: ALIADOS DA PRESIDENTE AFASTADA RESSALTAM O COMPROMISSO COM NOVAS ELEIÇÕES E ANDAMENTO DA LAVA JATO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Na carta de quatro páginas dirigida ao Senado e à Nação, a presidente afastada Dilma Rousseff declarou que o retorno dela ao cargo será a afirmação da democracia diante da inocência dela. Ressaltou que, na ausência do crime de responsabilidade, o processo é um golpe que resultaria num equívoco de uma eleição indireta, já que o Senado substituiria os 110 milhões de eleitores. No documento, Dilma assumiu o compromisso de não interromper as investigações contra a corrupção, convocar um plebiscito sobre novas eleições e de votar uma reforma política em nome de um pacto. E assegurou que não tem contas no exterior, não desviou um centavo público nem recebeu propina. Por fim, apelou aos senadores que não cometam a injustiça de condená-la por um crime que não cometeu. O líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, negou que a carta venha tarde demais. (H.Costa_carta) Acho que não. Até o momento da votação, há tempo para mudar opiniões, preservar os votos que tivemos e fazermos esse convencimento. É nisso que estamos centrados de mostrar aos senadores aquilo que é de conhecimento de todos que não há crime de responsabilidade. REP: Mas para o líder do PV, senador Álvaro Dias, do Paraná, a carta não mudará o voto dos favoráveis ao impeachment. (A.Dias_carta) A presidente repetiu argumentos já conhecidos e que não significaram nenhuma alteração na convicção dos senadores. Portanto, a carta repete e o que ela disse não é importante. Ela não será julgada pelo que disse na carta ou em outras oportunidades. Será julgada exatamente pelos crimes praticados, que dizem respeito, sobretudo, à Lei de Responsabilidade Fiscal. REP: O presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, destacou que os senadores cumprirão com seu papel no julgamento de Dilma, rebatendo as críticas de injustiça. (Renan_carta) Nesse momento de conflagração nacional, o Senado vai cumprir o seu papel constitucional. O julgamento começará no dia 25 e deverá se estender por 3 ou 4 dias. Não tenho dúvida de que o presidente do senado é apenas produto do que o Senado quer e pensa. O Senado vai cumprir o seu papel. REP: Renan Calheiros também descartou a realização de um plebiscito. (Renan_plebiscito) Qualquer solução fora da Constituição pode deteriorar ainda mais. De modo, que não sou entusiasta desta saída. REP: Além da carta, os aliados de Dilma apostam na mudança de posição de seis senadores que se manifestaram pelo julgamento na última votação. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00