Senadores divergem sobre presidência do Mercosul pela Venezuela — Rádio Senado
Internacional

Senadores divergem sobre presidência do Mercosul pela Venezuela

17/08/2016, 17h21 - ATUALIZADO EM 17/08/2016, 17h21
Duração de áudio: 01:58
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Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM EM PLENÁRIO SOBRE PRESIDÊNCIA DO MERCOSUL PELA VENEZUELA. LOC: GOVERNO BRASILEIRO ALEGA QUE O PAÍS NÃO TERIA CUMPRIDO AS EXIGÊNCIAS NECESSÁRIAS, AMPLIANDO O IMPASSE SOBRE QUEM DEVE LIDERAR O BLOCO ATÉ DEZEMBRO. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. (Repórter) A cada seis meses, um dos cinco membros do Mercosul ocupa a presidência do bloco de forma rotativa. O Uruguai cedeu lugar para a Venezuela no final de julho. No entanto, Brasil, Argentina e Paraguai se opuseram à mudança sob alegações de que o país viola algumas regras da organização. O senador José Aníbal, do PSDB de São Paulo, defendeu o ministro das Relações Exteriores, José Serra, da declaração do chanceler uruguaio Rodolfo Nin Novoa. Ele acusou o ministro de tentar “comprar o voto” do Uruguai, para isolar a Venezuela no Mercosul. (José Aníbal,) Eu pediria um pouco mais de sensatez nesse debate, porque, na realidade, é muito difícil imaginar o chanceler José Serra tendo outra atitude que não uma atitude republicana em qualquer negociação que lhe caiba. (Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, criticou o posicionamento do Brasil, e afirmou que a Venezuela é um importante parceiro comercial. (Gleisi Hoffmann) Não há nada que desabone a Venezuela para participar, para ser Presidente do Mercosul agora. Só com a Venezuela, nos últimos anos, nós tivemos um superávit de US$29 bilhões na nossa balança comercial. (Repórter) O presidente do Parlamento do Mercosul no Brasil, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, defendeu a Venezuela do argumento de não cumprir indicadores do contrato. Segundo ele, os outros membros também não obedecem a todas as exigências. Requião registrou, ainda, um pedido público de desculpas ao Uruguai. (Roberto Requião) Eu quero, em meu nome, como presidente da delegação brasileira do Parlasul, pedir desculpas ao Uruguai pelo comportamento absolutamente indevido da Chancelaria brasileira, que está transformando a política externa do Brasil em chacota, com uma intervenção absolutamente sem sentido. (Repórter) Outros senadores comentaram o assunto. Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, elogiou o trabalho de José Serra e disse que ele já desmentiu as acusações do chanceler uruguaio.

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