Collor: não há duvidas de que Dilma cometeu crime de responsabilidade — Rádio Senado
Impeachment

Collor: não há duvidas de que Dilma cometeu crime de responsabilidade

09/08/2016, 21h00 - ATUALIZADO EM 09/08/2016, 21h24
Duração de áudio: 02:01
Ana Volpe/Agência Senado

Transcrição
LOC: UM DOS DISCURSOS MAIS AGUARDADOS NA SESSÃO PLENÁRIA CONVOCADA PARA ANALISAR A CONTINUIDADE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF FOI O DO SENADOR E EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA FERNANDO COLLOR. LOC: O PARLAMENTAR DO PTC DE ALAGOAS SOFREU O PRIMEIRO IMPEACHMENT DE UM PRESIDENTE ELEITO NO BRASIL, APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1988. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) Em 1992, uma Comissão Parlamentar de Inquérito investigou denúncias de que o tesoureiro de campanha do então presidente Fernando Collor, Paulo César Farias, seria intermediário em negócios ilícitos com empresários em troca de favores no governo. As investigações levaram a Câmara dos Deputados a aprovar, em 29 de setembro do mesmo ano, o pedido de abertura de um processo de impeachment contra Collor. Três dias depois, o vice Itamar Franco assumiu o cargo e em 29 de dezembro, no dia do julgamento final pelo Senado, Collor renunciou ao mandato. Mesmo assim, o julgamento aconteceu e o ex-presidente foi cassado. Agora, em 2016, no dia da votação da pronúncia do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, Fernando Collor relembrou o fato: (Fernando Collor) Condenaram-me politicamente. Penalmente, fui absolvido pela Suprema Corte. Reconheço o quão prejudicial ao País é um processo como este. Nenhum governo, a rigor, está livre de acusação. (Repórter) Na avaliação de Collor, não há dúvidas de que o governo de Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade: (Fernando Collor) O fato é que o resultado dos últimos anos do governo afastado foi um autêntico portfólio de desastres: o desastre fiscal, financeiro, orçamentário, econômico, político e, tudo junto, o desastre social. (Repórter) O senador lembrou que já em 1876, Dom Pedro II escreveu uma carta com recomendações para a sua filha, a princesa Isabel, alertando sobre a necessidade de autorização para despesas orçamentárias: (Fernando Collor) "Toda e qualquer outra despesa não autorizada claramente em lei deve ser impedida”. Ou seja, nada tão antigo, nada tão atual. Nada tão imperial, nada tão republicano. (Repórter) Em 2012, o Supremo Tribunal Federal inocentou Fernando Collor dos crimes de peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva por falta de provas.

Ao vivo
00:0000:00