Comissão aprova continuidade do processo de Impeachment — Rádio Senado
Comissão Especial de Impeachment

Comissão aprova continuidade do processo de Impeachment

04/08/2016, 17h27 - ATUALIZADO EM 05/08/2016, 13h17
Duração de áudio: 02:49
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: POR 14 VOTOS FAVORÁVEIS E 5 CONTRÁRIOS, A COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT APROVOU A CONTINUIDADE DO PROCESSO DE AFASTAMENTO DEFINITIVO DE DILMA ROUSSEFF. LOC: A CHAMADA PRONÚNCIA DEVERÁ SER VOTADA PELO PLENÁRIO NO DIA 9 DE AGOSTO. SE APROVADA, A PRESIDENTE AFASTADA SERÁ JULGADA PELOS SENADORES EM PLENÁRIO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O resultado era esperado, já que a maioria dos integrantes da Comissão Especial do Impeachment é favorável ao processo contra Dilma Rousseff. Para os senadores defensores da perda definitiva de mandato da presidente afastada, houve afronta às leis orçamentárias com a liberação de gastos extras por meio de decretos, sem o respaldo financeiro e a autorização do Congresso Nacional. Reforçaram que essas despesas transformaram a meta fiscal superavitária em deficitária. Argumentaram, ainda, que as pedaladas fiscais desrespeitaram a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que bancos públicos paguem contas dos governos. Os pró-impeachment disseram que um golpe foi praticado pela própria presidente que maquiou as contas públicas para se reeleger. Para o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, o relatório do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, apresenta provas dos crimes de responsabilidade cometidos por Dilma. (Ferraço). Quem fala que é golpe quer justificar o injustificável. Os fatos falam por si e não a versão. A presidente da República teve todas as oportunidades de se defender e não conseguiu. Ela atentou contra a Constituição Federal, as leis fiscais e a probidade administrativa. O caminho é o afastamento definitivo. (Repórter): Já os senadores contrários ao impeachment voltaram a declarar que não há crime cometido por Dilma nos decretos, que foram assinados como de rotina após aval de técnicos. Disseram que os gastos foram feitos em respeito à meta fiscal e com sobras de recursos dos ministérios que solicitaram o dinheiro extra. Eles alegaram, ainda, que o Ministério Público pediu o arquivamento da denúncia sobre as pedaladas ao afirmar que não há operação de crédito e que a União pagou o Banco do Brasil pelo financiamento ao Plano Safra. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, negou surpresa com o placar de 14 a 5 e reiterou que o processo não passa de uma pedalada na Constituição e de um golpe político. (Gleisi). Infelizmente, tristemente previsível. Já tínhamos uma comissão marcada por definição de senadores que estavam ali só para cumprir um rito. Aliás, é a primeira vez que o rito é colocado como mais importante do que o conteúdo. Vamos tentar convencer desde agora. Mas é claro que o nosso objetivo maior é o julgamento final. (Repórter): Por concessão do presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, todos os titulares e suplentes que quiseram se manifestar puderam proferir o voto, num total de 22. Pelo Regimento, apenas as lideranças partidárias falariam. Ele determinou, ainda, a retirada das notas taquigráficas de palavras ofensivas proferidas na votação. Aprovado pela Comissão Especial do Impeachment, o parecer pelo julgamento de Dilma será apreciado pelo Plenário no dia 9 de agosto. Da Rádio Senado, HC.

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