Saiba como evitar a proliferação de escorpiões e se proteger em casos de picada

Transcrição
LOC: VOCÊ SABE COMO EVITAR A PROLIFERAÇÃO DE ESCOPIÕES E SE PROTEGER EM CASOS DE PICADA? LOC: A ALTA INCIDÊNCIA DO ANIMAL EM PERÍODOS DE CHUVA PREOCUPA A POPULAÇÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter): Em 2015, foram registrados na Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal 970 chamados para a captura de escorpiões. Neste ano, o número já chegou, em julho, a quase seiscentas solicitações. A maior incidência tem sido em Taguatinga, Asa Norte e Asa Sul. Neste período, cerca de quatrocentas pessoas buscaram atendimento médico por causa de acidentes com escorpiões, o que equivale a uma média de dois casos por dia. Por isso, é fundamental estar sempre alerta e tomar alguns cuidados, como explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Israel Martins. (Israel) “A gente tem que evitar frestas nas casas, que se comunicam com o subterrâneo. Por exemplo, ralos tem que colocar telas. Caixas de esgotos tem que estar sempre vedadas. Fazer o controle dos alimentos dos escorpiões, que são as baratas, usando venenos sólidos. Em casa, no quintal, evitar acúmulo de material de construção, de entulho, manter sempre a grama aparada. De maneira que a parte de cima da cidade não se torne um ambiente para o escorpião, que ele permaneça no subterrâneo.” (Repórter) Também é importante manter fechados armários e gavetas e examinar os calçados antes de usá-los. Ainda é possível prevenir picadas afastando camas e berços das paredes e mantendo mosquiteiros e roupas de cama longe do chão. Em caso de picada, a Vigilância Sanitária orienta como proceder. (Israel) “É importante a pessoa lavar o local da picada e colocar uma compressa morna só para aliviar um pouco a dor e se dirigir imediatamente a uma Unidade de Saúde. O médico vai avaliar a necessidade de ser medicado com o soro antiescorpiônico. Normalmente a picada do escorpião só causa dor muito forte no local e não evolui para uma coisa mais séria. Mas isso tem que ser assistido pelo médico.” (Repórter) Se for possível, capture o animal, já que a identificação pode auxiliar no diagnóstico. Em áreas rurais, os tipos mais comuns são o escorpião preto e o de patas rajadas. Já nos centros urbanos predomina o escorpião-amarelo, considerado um dos mais venenosos da América do Sul e o de maior incidência no Brasil. A toxina age no sistema periférico e, em casos raros, pode ser letal, principalmente para crianças e idosos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.