Senadores cobram redução da taxa básica de juros — Rádio Senado
Economia

Senadores cobram redução da taxa básica de juros

21/07/2016, 12h59 - ATUALIZADO EM 21/07/2016, 12h59
Duração de áudio: 01:53
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES COBRAM A REDUÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS, A CHAMADA SELIC. LOC: NESTA QUARTA-FEIRA, O COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA, COPOM, DECIDIU PELA MANUTENÇÃO DA TAXA EM 14 VÍRGULA 25 POR CENTO AO ANO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Foi a primeira reunião do Copom comandada pelo novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. E pela oitava vez seguida a decisão foi pela manutenção da Selic em 14,25 por cento ao ano. Senadores de diferentes partidos têm cobrado a redução desse número. O senador Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, mesmo partido do presidente interino Michel Temer, argumentou que a diminuição de um ponto percentual na taxa básica de juros representa cerca de 14 bilhões de reais a menos no pagamento da dívida pública: (DARIO BERGER): o objetivo principal é conter os processos inflacionários. Mas os processos inflacionários dão-se invariavelmente pelo excesso de consumo, que aumenta o preço. E, aumentando o preço, aumenta a inflação. E é o que não está acontecendo hoje no Brasil. Na verdade, o que está acontecendo hoje é exatamente uma situação inversa. Portanto, parece-me racional que os juros pudessem ser baixados imediatamente. (REPÓRTER): O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, também defendeu a redução dos juros como medida para a retomada do crescimento da economia: (ACIR GURGACZ): Precisamos rever o custo Brasil, diminuir os nossos juros, para que possamos retomar o crescimento, viabilizar os empregos necessários de que os brasileiros precisam no seu dia a dia. (REPÓRTER): E o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, lembrou que muitos países desenvolvidos conseguem controlar a inflação com juros baixos ou até mesmo negativos: (JOÃO CAPIBERIBE): Ou seja, juros baixos, muito dinheiro circulando e sem inflação. E nós caminhamos na contramão porque este País tem dono, tem dono; aqui meia dúzia é que manda na economia, manda na política. (REPÓRTER): A taxa de inflação anual está em torno de nove por cento. Mas o Banco Central espera atingir, no ano que vem, o centro da meta de inflação, que é de quatro e meio por cento. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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