CDH discute os desafios a serem enfrentados na área da saúde — Rádio Senado
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CDH discute os desafios a serem enfrentados na área da saúde

23/06/2016, 14h12 - ATUALIZADO EM 23/06/2016, 15h14
Duração de áudio: 02:39
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA OS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS NA ÁREA DA SAÚDE. LOC: AGORA, A COMISSÃO VAI PROMOVER UM SEMINÁRIO PARA APROFUNDAR O DEBATE DO TEMA E UMA CPI PODERÁ SER CRIADA PARA APURAR AS PARCERIAS COM ORGANIZAÇÕES SOCIAIS QUE ATUAM NO SETOR. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC. (Repórter): A iniciativa para discutir a saúde básica é do senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal. Uma das questões que mais preocupou o senador é a possibilidade de os governos adotarem parcerias com Organizações Sociais para o atendimento à saúde. (HÉLIO) “É um absurdo o que a gente ouve sobre esta questão e a gente precisa apurar; o dinheiro público onde que está sendo usado, de que forma está sendo usado”. (Repórter): O Estado tem o dever, mas não está cumprindo adequadamente o atendimento à saúde das pessoas, disse o representante da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Marcus Quito. Ele defende mais investimentos em saúde básica. (QUITO) “Nós não estamos conseguindo atender a nossa população. Nós não conseguimos garantir o preceito estabelecido na constituição federal, nós não conseguimos colocar isso em prática. Nós não estamos entregando. O sistema de saúde não está conseguindo garantir o seu preceito inicial de existência. Então, este aspecto nós estamos agora, quase três décadas depois, ainda tendo que discutir como a gente vai fazer a garantia do direito à saúde”. (Repórter): Mais atenção à saúde básica também é defendida pela representante do Ministério da Saúde, Mônica Kafer. Na avaliação dela, a dificuldade de implantação de um sistema eficiente está na fragmentação de competências entre a União, estados e municípios. (MÔNICA) “O escopo da atenção básica é muito amplo., para uma saúde integral do cidadão. Só que o nosso SUS foi pensado tripartite; as competências também são por entes federados. A gente tem diversas evidências que um sistema de saúde ordenado pela atenção básica traz resultados muito positivos. 30% das internações hospitalares poderiam ser evitadas com a atenção básica fortalecida”. (Repórter): Mas para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, Dayse Diniz, é o modelo de sistema de saúde que traz dificuldades. (DAYSE) “O problema é o incentivo ao modelo tradicional. A gente sabe que existe um lobby, que p lobby, realmente, dos empresários, dos donos de hospitais, dos donos de laboratórios, e que vão sempre prezar por este modelo hospitalocêntrico, centrado na figura do médico, tradicional e curativo. Porque o que dá dinheiro é a doença não é a promoção à saúde. Nunca houve de fato o interesse de investimento na assistência primária.Nunca aconteceu isso”. (Repórter): Agora, a Comissão de Direitos Humanos vai promover um seminário para aprofundar a discussão do assunto. E uma Comissão Parlamentar de Inquérito poderá ser criada para apurar parcerias com organizações sociais que atuem na área da saúde. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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