Comissão de Impeachment rejeita pedido para incluir no processo gravações do ex-presidente da Transpetro — Rádio Senado
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Comissão de Impeachment rejeita pedido para incluir no processo gravações do ex-presidente da Transpetro

20/06/2016, 19h52 - ATUALIZADO EM 20/06/2016, 19h52
Duração de áudio: 01:50
Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016)


Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy

Transcrição
LOC: A MAIORIA DA COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMET VOLTA A REJEITAR PEDIDO DA DEFESA PARA INCLUIR NO PROCESSO AS GRAVAÇÕES DO EX-PRESIDENTE DA TRANSPETRO. LOC: DILMA VAI RECORRER AO SUPREMO SOB O ARGUMENTO DE QUE AS CONVERSAS DE SÉRGIO MACHADO COM POLÍTICOS COMPROVAM QUE O AFASTAMENTO FOI PARA BARRAR A LAVA JATO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN: (Repórter) O advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, solicitou novamente a inclusão no processo de impeachment das gravações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Ele argumentou que as conversas do ex-executivo com políticos comprovam a tese da defesa de que o processo é político para barrar a Operação Lava Jato. Cardozo destacou que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, rejeitou um pedido anterior da defesa porque os áudios estavam sob sigilo. Mas, com o fim do segredo de Justiça recentemente, o advogado solicitou mais uma vez a juntada ao processo. O relator da Comissão Especial de Impeachment, senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, rejeitou o pedido ao lembrar que as gravações não tratam da edição dos decretos de crédito suplementar nem do atraso do pagamento da União ao Banco do Brasil pelo Plano Safra. (Anastasia) Queria reiterar que a decisão que essa Comissão tomou a respeito da não inclusão das fitas não decorreu do eventual sigilo que havia. Mas sob o argumento que entendemos naquela oportunidade que não era objeto desse processo. (Repórter): Ao anunciar que recorrerá ao STF, Cardozo argumentou que a primeira decisão da Corte se referia ao sigilo e não ao pedido de juntada das gravações ao processo. (Cardozo) A decisão que substitui a decisão recorrida da Comissão diz claramente que a razão da não acolhida é o sigilo. A tal ponto entendeu o presidente do Supremo Tribunal Federal que é pertinente esta prova neste processo que chegou a consultar o ministro relator Teori Zavascki, que então informou do sigilo, por isso foi negado. (Repórter): Um dos autores da representação contra Dilma, Miguel Reale Júnior, citou que o pedido de impeachment original incluía as denúncias da Lava Jato retiradas pelo então presidente da Câmara, deputado afastado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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