Presidente do Senado defende mudanças na lei do impeachment e da delação premiada — Rádio Senado

Presidente do Senado defende mudanças na lei do impeachment e da delação premiada

16/06/2016, 18h13 - ATUALIZADO EM 16/06/2016, 18h13
Duração de áudio: 02:03
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE MUDANÇAS NA LEI DO IMPEACHMENT E DA DELAÇÃO PREMIADA. LOC: SENADORES DEFENDEM QUE O DEBATE NÃO SEJA FEITO AGORA PARA NÃO SINALIZAR RETALIAÇÃO À OPERAÇÃO LAVA JATO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, voltou a defender mudanças na Lei do Impeachment, que, permite a um cidadão pedir o afastamento de um presidente da República, ministros dos tribunais superiores e do procurador-geral da República. Ao ser favorável também a alterações à lei da delação premiada, ele questionou as acusações feitas sem provas contra terceiros e afirmou que a lei atual permite a lavagem de dinheiro ao citar o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que terá que devolver R$ 75 milhões e cumprirá prisão domiciliar pela delação feita. (Renan) É uma narrativa sem provas. É uma narrativa para botar uma tornozeleira, ficar preso em casa e limpar mais de R$ 1 bilhão roubados do povo brasileiro. Isso é uma coisa que precisa ser alterada. Como? Alterada na lei da delação. (Repórter): A senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas também questiona a prisão, mas considera que a discussão neste momento pode soar uma retaliação à Lava Jato. (Vanessa) Acho que o momento é inapropriado para o debate desse tipo de questão porque qualquer mudança ou qualquer projeto que você apresente agora vai parecer que você quer retaliar e enfraquecer essas ações do Poder Judiciário e do Ministério Público. (Repórter): O senador José Medeiros do PSD de Mato Grosso questionou o que chamou de delação preparada numa referência a Sérgio Machado, que fez gravações com perguntas dirigidas aos interlocutores. (medeiros) Acho que delação é uma coisa, você tem fatos contra mim, você tem provas e você apresenta à Justiça e não sair fazendo uma delação preparada. Se banalizarmos o instituto da delação, corremos o risco de você inocentar e fazer acordos com pessoas, que não têm nada a entregar. (Repórter): A delação premiada, sancionada em 2013, permite a redução de até 2/3 da pena de prisão mediante a apresentação de provas e homologação por um juiz. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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