Senado homenageia Pompeu de Sousa pelo centenário de seu nascimento — Rádio Senado
Sessão Especial

Senado homenageia Pompeu de Sousa pelo centenário de seu nascimento

13/06/2016, 18h27 - ATUALIZADO EM 13/06/2016, 18h27
Duração de áudio: 02:14
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO HOMENAGEOU POMPEU DE SOUSA PELO CENTENÁRIO DE SEU NASCIMENTO, EM UMA SESSÃO ESPECIAL. LOC: SENADORES E CONVIDADOS DESTACARAM O COMPROMISSO DE POMPEU DE SOUSA COM A DEMOCRACIA E A LIBERDADE DE IMPRENSA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Nascido em 1914, Roberto Pompeu de Sousa Brasil foi jornalista, professor e político, e em cada área ele se destacou. Como jornalista, foi responsável pela introdução, no Brasil, do texto objetivo e direto como conhecemos hoje, centrado no lead, que traz a informação mais importante em primeiro lugar, a partir da década de 50, além do primeiro manual de redação da imprensa brasileira, no Diário Carioca. Como professor, foi um dos criadores da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, a pedido de Darcy Ribeiro. Como político, ajudou na construção de Brasília, colaborou para a autonomia do Distrito Federal e foi senador constituinte pelo PMDB, de 1987 a 1991. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, lembra a participação de Pompeu de Sousa para que a Constituição garantisse a liberdade de imprensa. (Valdir Raupp – 27”) Onde havia a defesa dos ideais democráticos, lá estava Pompeu de Sousa. Foi perseguido por ambas as ditaduras que marcaram o século XX no nosso País: a ditadura Vargas e a ditadura militar. É de Pompeu de Sousa, por exemplo, a redação do art. 220 da Constituição, que dispõe sobre a liberdade de imprensa e de informação, entre outras tantas contribuições que ofereceu durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. (Repórter) Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, autor do pedido para a sessão especial, destacou a alegria e a jovialidade que marcam as suas memórias do ex-senador. E lembrou que sua atuação política faz falta nos dias de hoje. (Cristovam Buarque – 32”) Nós, políticos, perdemos a capacidade dessas duas forças. Nem estamos conseguindo agregar, nem estamos demonstrando um projeto motor de para onde levar o Brasil nos próximos 30, 50 anos. E ele carregava algo que falta muito hoje na política, que é a capacidade de indignar-se. Que muitos estão perdendo. Está virando um lugar comum aceitar o que está aí. Pior ainda, está virando um lugar comum aceitar locupletar-se com o que está aí. A política está virando uma maneira de você tirar proveito, e não de você construir algo novo. (Repórter) O cearense de Redenção morreu aos 77 anos, em 1991. Sua viúva, Othília Pompeu de Sousa Brasil, e sua filha, Ana Lúcia, participaram da sessão e agradeceram a homenagem.

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