Defesa de Dilma quer incluir gravações de Sérgio Machado no processo de impeachment — Rádio Senado
Impeachment

Defesa de Dilma quer incluir gravações de Sérgio Machado no processo de impeachment

01/06/2016, 22h11 - ATUALIZADO EM 01/06/2016, 22h11
Duração de áudio: 02:06
O ex-ministro José Eduardo Cardozo acaba de entregar à Secretaria Geral da Mesa (SGM) do Senado Federal a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. O documento tem 372 páginas. 

Participam: 
secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho; 
senador José Pimentel (PT-CE); 
senador Telmário Mota (PDT-RR)  

Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Ana Volpe/Agência Senado

Transcrição
LOC: DEFESA DA PRESIDENTE AFASTADA QUER INCLUIR GRAVAÇÕES DE EX-PRESIDENTE DA TRANSPETRO NO PROCESSO DE IMPEACHMENT. LOC: A COMISSÃO ESPECIAL DECIDE NESTA QUINTA-FEIRA SE O JULGAMENTO FINAL EM PLENÁRIO SERÁ MANTIDO PARA O DIA DOIS DE AGOSTO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O ex-advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, entregou a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff à Comissão Especial do Impeachment. No documento de 372 páginas, ele solicitou a oitiva de 50 testemunhas além de laudos e perícias para provar que a petista não cometeu crime de responsabilidade na edição de decretos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e no pagamento do Plano Safra pelo Banco do Brasil. Cardozo quer incluir no processo as gravações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que relacionam o afastamento de Dilma a uma tentativa de se barrar a Operação Lava Jato para comprovar que houve desvio de finalidade no pedido de impeachment. (José Eduardo Cardozo) A nosso ver é a demonstração cabal de que esse processo de impeachment não tem base nem fundamento. Ele foi realizado não para punir atos ilícitos mas para afastar politicamente um governo que não servia aqueles que não queriam que as investigações prosseguissem. (Repórter) Ao lembrar que o processo de impeachment está restrito às pedaladas fiscais e aos decretos, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima da Paraíba, não descartou incluir também gravações que comprometem a presidente afastada. (Cássio Cunha Lima) Temos peças também do outro lado que podem ser requeridas. Por exemplo, as gravações em que fica caracterizado a presidente Dilma Rousseff tentando obstruir a Justiça, tanto é que ela responde inquérito por isso ao tentar nomear o ex-presidente Lula para a Casa Civil. É aquela velha estória: pau que dá em Chico dá em Francisco. (Repórter) A Comissão Especial do Impeachment se reúne nesta quinta-feira para votar o cronograma de trabalhos desta segunda etapa. O relator, senador Antonio Anastasia do PSDB de Minas Gerais, prevê oitivas de testemunhas, interrogatório de Dilma e alegações finais da acusação e defesa até o dia 21 de julho para votação do parecer final na Comissão no dia 27 de julho e no Plenário no dia 2 de agosto. Mas a defesa já avisou que não aceita esse prazo.

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