Quatro senadores podem participar pela segunda vez do julgamento de um presidente da República
Transcrição
LOC: TRÊS SENADORES DO PMDB E UM DO DEMOCRATAS PODEM PARTICIPAR PELA SEGUNDA VEZ DO JULGAMENTO DE UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR CRIME DE RESPONSABILIDADE.
LOC: ELES ESTAVAM NO SENADO DURANTE O PROCESSO QUE, EM 1992, LEVOU AO IMPEACHMENT DO EX-PRESIDENTE COLLOR. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: Os senadores Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, José Agripino, do Democratas também do Rio Grande do Norte, e Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, devem participar pela segunda vez de um processo de impeachment contra um presidente da República. Os quatro eram senadores em 1992, quando a Casa julgou o ex-presidente Fernando Collor. Raimundo Lira é, inclusive, o presidente da comissão especial do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ao assumir o posto no dia 26 de abril, ele afirmou que os trabalhos do colegiado se pautariam pela defesa do interesse público e da democracia:
(RAIMUNDO LIRA’): Que as disputas se atenham ao campo das ideias e da política; que falemos, sem dúvida, mas que estejamos dispostos a ouvir. Que discordemos, sim, mas que não percamos de vista que estamos aqui todos comprometidos com um interesse público comum, maior do que todo este processo: o exercício da democracia, com paz e justiça.
(MAURÍCIO): Já o senador Garibaldi Alves Filho lembra que o que mais chamou a atenção dele, em 1992, foi a condução do julgamento pelo presidente do Supremo Tribunal Federal:
(GARIBALDI ALVES FILHO): O que já me deu naquele tempo a responsabilidade e a majestade que envolve a decisão que será tomada no Senado agora com relação ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
(MAURÍCIO): O julgamento do ex-presidente Collor no Senado foi dirigido pelo ministro Sydney Sanches que, em 1992, presidia o Supremo Tribunal Federal. Agora, caso o Senado aceite a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff, os trabalhos serão comandados pelo atual presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.