CDH discute efeitos da crise política no Sistema Único de Saúde — Rádio Senado
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CDH discute efeitos da crise política no Sistema Único de Saúde

05/05/2016, 19h02 - ATUALIZADO EM 05/05/2016, 19h02
Duração de áudio: 04:45
Geraldo Magela / Agência Senado
04:45CDH discute efeitos da crise política no Sistema Único de Saúde
02:23
CDH discute efeitos da crise política no Sistema Único de Saúde
02:23

Transcrição LOC: COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTE OS EFEITOS DA CRISE POLÍTICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. LOC: DURANTE A AUDIÊNCIA PÚBLICA, OS CONVIDADOS DEFENDERAM O SUS COMO UMA DAS MAIORES CONQUISTAS SOCIAIS DO PAÍS. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. TÉC: O setor da saúde foi o foco de mais uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos no ciclo de debates sobre a democracia. Desta vez, os convidados discutiram as possíveis ameaças que a crise política pode trazer ao Sistema Único de Saúde. Representantes de conselhos, federações e entidades ligadas ao segmento participaram da discussão. O diretor do Conselho Nacional de Saúde, André Luiz de Oliveira, afirmou que o SUS hoje atende mais de 75% da população, o que representa cerca de 150 milhões de brasileiros. Para ele, a construção do sistema foi uma das maiores conquistas sociais nas últimas décadas, e grande parte da sociedade depende dele funcionando de forma integral e com qualidade. Apesar das críticas que são feitas, Eulídice Ferreira, da Fasubra Sindical, reconhece que já houve avanços, e o SUS é um projeto em construção. (Eulídice) Ele teve nesses últimos 13 anos uma consolidação de várias políticas, não somente o Samu, a saúde bucal, mas como a gente identifica população em situação de rua, quilombolas, agregamos vários valores, conseguimos mostrar para o nosso país que trazer médicos cubanos é dignificar o trabalho da saúde. (REP) Já Juliana Costa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, ressaltou que ele não é um favor, e foi conquistado com uma luta. (Juliana) Desde que conseguimos garantir na Constituição o direito universal à saúde, essa política pública também vem sofrendo séria disputa desde lá. Entendemos que para a sociedade brasileira, o SUS é uma vitória, sobretudo para aquelas cidades que sempre estiveram marginalizadas e excluídas da seguridade social. (REP) Presidente da comissão, o senador gaúcho Paulo Paim, do PT, explicou que o motivo das audiências públicas é abrir um espaço de fala que a sociedade possa se manifestar sobre o momento político atual. (Paim) Nós criamos um espaço para que o Brasil ouça outras versões dessa questão do que se refere a democracia. Estamos aqui praticamente “nos vacinando” para que não mexam no SUS, o SUS é nosso, da população brasileira, foi uma grande conquista. Estamos preocupados com o que pode vir e venha trazer prejuízo. (REP) Paim disse também que o colegiado vai continuar discutindo o tema, e ainda deve ouvir juristas, ex-constituintes e pessoas ligadas ao setor da educação. Da Rádio Senado, Hebert Madeira.

Transcrição


LOC: COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTE OS EFEITOS DA CRISE POLÍTICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. LOC: DURANTE A AUDIÊNCIA PÚBLICA, OS CONVIDADOS DEFENDERAM O SUS COMO UMA DAS MAIORES CONQUISTAS SOCIAIS DO PAÍS. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. TÉC: O setor da saúde foi o foco de mais uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos no ciclo de debates sobre a democracia. Desta vez, os convidados discutiram as possíveis ameaças que a crise política pode trazer ao Sistema Único de Saúde. Representantes de conselhos, federações e entidades ligadas ao segmento participaram da discussão. O diretor do Conselho Nacional de Saúde, André Luiz de Oliveira, afirmou que o SUS hoje atende mais de 75% da população, o que representa cerca de 150 milhões de brasileiros. Para ele, a construção do sistema foi uma das maiores conquistas sociais nas últimas décadas, e grande parte da sociedade depende dele funcionando de forma integral e com qualidade. Apesar das críticas que são feitas, Eulídice Ferreira, da Fasubra Sindical, reconhece que já houve avanços, e o SUS é um projeto em construção. (Eulídice) Ele teve nesses últimos 13 anos uma consolidação de várias políticas, não somente o Samu, a saúde bucal, mas como a gente identifica população em situação de rua, quilombolas, agregamos vários valores, conseguimos mostrar para o nosso país que trazer médicos cubanos é dignificar o trabalho da saúde. (REP) Já Juliana Costa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, ressaltou que ele não é um favor, e foi conquistado com uma luta. (Juliana) Desde que conseguimos garantir na Constituição o direito universal à saúde, essa política pública também vem sofrendo séria disputa desde lá. Entendemos que para a sociedade brasileira, o SUS é uma vitória, sobretudo para aquelas cidades que sempre estiveram marginalizadas e excluídas da seguridade social. (REP) Presidente da comissão, o senador gaúcho Paulo Paim, do PT, explicou que o motivo das audiências públicas é abrir um espaço de fala que a sociedade possa se manifestar sobre o momento político atual. (Paim) Nós criamos um espaço para que o Brasil ouça outras versões dessa questão do que se refere a democracia. Estamos aqui praticamente “nos vacinando” para que não mexam no SUS, o SUS é nosso, da população brasileira, foi uma grande conquista. Estamos preocupados com o que pode vir e venha trazer prejuízo. (REP) Paim disse também que o colegiado vai continuar discutindo o tema, e ainda deve ouvir juristas, ex-constituintes e pessoas ligadas ao setor da educação. Da Rádio Senado, Hebert Madeira.

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