Renan defende agravamento de pena para delações não comprovadas

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LOC: DELAÇÃO DO SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL FOI HOMOLOGADA NESTA QUARTA-FEIRA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LOC: PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE AGRAVAMENTO DE PENA PARA DELAÇÕES NÃO COMPROVADAS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) O acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul, conta com 21 termos de declaração. Um dos citados por Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, disse que a delação é, na verdade, fruto de um delírio e que não há o que temer. Para ele, delações não comprovadas deveriam ter a pena agravada. (Renan Calheiros) “Eu não tenho nenhuma preocupação com essas delações, muito mais com o delírio do senador Delcídio do Amaral. Não confirmam nada, absolutamente nada, porque não tem nenhuma prova. Eu acho até que a delação, quando não confirmada, ela tem que agravar a pena, é uma aprendizado que já devemos ter. (Repórter) Também citado por Delcídio, o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, afirmou que as investigações, a partir de agora, precisam ser profundas: (Aécio Neves) É preciso que se aprofunde na apuração de todas as citações ali contidas. Esse aprofundamento que vai separar o verdadeiro do falso. No que diz respeito ao meu nome, sou o maior interessado em que seja apurado em profundidade que na verdade são questões conhecidas e requentadas. (Repórter) O líder do governo no Senado, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, lembrou que o senador Delcídio do Amaral deverá apresentar provas para comprovar os acontecimentos presentes na delação: (Humberto Costa) Essa delação, nas partes que colocavam mais “lenha”, elas já eram públicas. Todos viram que continua a ser, como em outros casos, muito uma história de ouvi dizer, ouvi falar, sem que haja ao mesmo tempo provas para isso aí. Creio que ele tiver as provas, vai apresentar, mas cumprirá a ele fazer isso. (Repórter) Os depoimentos do senador Delcídio do Amaral foram colhidos entre os dias 11 e 14 de fevereiro. O acordo com a justiça prevê ainda a devolução aos cofres públicos pelo senador de um milhão e meio de reais.