Renan sugere cautela ao Conselho de Ética no processo contra o senador Delcídio do Amaral
O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sugere cautela ao Conselho de Ética no processo contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Renan avalia que o Conselho não deve concluir o processo, que pode resultar na cassação de mandato, antes do julgamento a ser feito pelo Poder Judiciário. Já para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), destituído da relatoria por ser do bloco partidário que assinou a representação contra Delcídio, o julgamento do Conselho de Ética é político. Exatamente por isso, Ataídes avalia que o colegiado já tem condições de levar o processo adiante.
Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DO SENADO SUGERE CAUTELA AO CONSELHO DE ÉTICA NO PROCESSO CONTRA O SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL.
LOC: EX-RELATOR DA REPRESENTAÇÃO ALEGA QUE A COMISSÃO FAZ UM JULGAMENTO POLÍTICO E NÃO JUDICIAL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, declarou que o Conselho de Ética é autônomo e independente para analisar os processos de quebra de decoro parlamentar. Mas recomendou ao colegiado cautela na análise do caso do senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso Sul. Solto recentemente após mais de 80 dias na prisão, ele é acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Renan Calheiros admitiu que há uma expectativa do Senado quanto a um pronunciamento de Delcídio do Amaral, que está de licença médica. Mas avalia que o Conselho de Ética não deve concluir o processo, que pode resultar na cassação de mandato, antes do julgamento a ser feito pelo Poder Judiciário.
(Renan_Del) A lógica que o Conselho de Ética terá que estabelecer, e não há como fazer diferente, é ver como como o processo político leva em conta o que está acontecendo no processo judicial. O Conselho de Ética não tem como inverter o processo fazer logo o julgamento político sem saber o que está acontecendo no julgamento judicial. É preciso conectar as coisas.
REP: O senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, destituído da relatoria por ser do bloco partidário que assinou a representação contra Delcídio, argumentou, no entanto, que o julgamento do Conselho de Ética é político. Exatamente por isso, ele avalia que o colegiado já tem condições de levar o processo adiante.
(Ataídes) São duas coisas altamente distintas. O Poder Judiciário está julgando o crime e o Conselho de Ética a quebra de decoro parlamentar. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O Conselho de Ética tem que executar as suas atribuições o mais rápido possível.
REP: Depois de escolhido por sorteio, o novo relator do caso Delcídio terá o prazo de cinco dias úteis para se manifestar sobre a defesa do petista já entregue ao Conselho. Da Radio Senado, HC.
