Senadores cobram ação do governo contra mais um rebaixamento da nota de crédito brasileira
Transcrição
LOC: SENADORES COBRAM DO GOVERNO MEDIDAS PARA REVERTER MAIS UM REBAIXAMENTO DO BRASIL POR UMA AGÊNCIA INTERNACIONAL.
LOC: ELES AVALIAM QUE AS AÇÕES ADOTADAS PELA EQUIPE ECONÔMICA NÃO TROUXERAM RESULTADOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) A Agência Standard & Poor´s rebaixou mais uma vez a nota de crédito do Brasil de BB+ para BB. Na prática, a instituição recomenda que investidores estrangeiros não façam negócios no País por não ser confiável. A Agência argumentou que os “desafios políticos e econômicos” continuam consideráveis, o que significa mais um ano de recessão econômica. O vice-líder do PT, senador Walter Pinheiro, da Bahia, disse que não se surpreendeu com o rebaixamento do Brasil. Na avaliação dele, o governo precisa adotar mecanismos diferentes para retomar o crescimento do País e a credibilidade dos investidores estrangeiros. Para Walter Pinheiro, os ajustes pontuais anunciados pelo governo, a exemplo da oferta de crédito para estimular o consumo, não vão mudar o cenário de crise.
(Walter Pinheiro) Por isso, tenho insistido que os remédios apresentados no ano passado não podem de forma nenhuma se apresentarem como solução. Se fossem efetivamente uma sinalização positiva, não sei se estaríamos sendo rebaixados.
(Repórter) O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado de Goiás, não acredita numa solução a curto ou a médio prazo, o que, na avaliação dele, vai piorar ainda mais a economia.
(Ronaldo Caiado) Hoje, o Brasil foi mais uma vez rebaixado por essas agências internacionais dizendo o que para o mundo? Olhe, não vá para lá porque lá não tem governo, parâmetros, governabilidade e como tal, não tem segurança para que se empreste nada ou faça investimentos nesse País.
(Repórter) Além da Standard & Poor´s, outras duas agências internacionais, a Moody´s e a Fitch também rebaixaram a nota do Brasil. Na prática, fundos de pensão e de investimentos e carteiras de aplicação não poderão trazer os seus recursos para o País por possibilidade de calote.