CCT discute necessidade do Brasil investir no setor aeroespacial — Rádio Senado
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CCT discute necessidade do Brasil investir no setor aeroespacial

O Brasil pode perder a oportunidade de ser um ator internacional no plano aeroespacial se não investir de forma urgente no setor. Para especialistas que debateram o assunto na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT), é necessário reforçar o orçamento, repor quadros técnicos do estado e focar na indústria. Para o senador Lasier Martins (PDT-RS), o setor aeroespacial precisa ser tratado como algo estratégico para país e o Senado pode contribuir para assegurar recursos para a área.

16/02/2016, 12h50 - ATUALIZADO EM 16/02/2016, 12h59
Duração de áudio: 02:15
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O BRASIL PODE PERDER A OPORTUNIDADE DE SER UM ATOR INTERNACIONAL NO PLANO AEROESPACIAL SE NÃO INVESTIR DE FORMA URGENTE NO SETOR. LOC: PARA ESPECIALISTAS QUE DEBATERAM O ASSUNTO NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO, É NECESSÁRIO REFORÇAR O ORÇAMENTO, REPOR QUADROS TÉCNICOS DO ESTADO E FOCAR NA INDÚSTRIA. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: TÉC: O mercado aeroespacial movimenta por ano, no mundo, cerca de 320 bilhões de dólares e a perspectiva é de valores cada vez maiores, conforme aumenta a demanda na chamada “economia do espaço”, que envolve desenvolvimento de satélites, estações de lançamento, construção de foguetes, entre outros equipamentos. Especialistas que debateram, na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, os desafios das atividades aeroespaciais no Brasil, disseram que o governo brasileiro precisa decidir se quer participar desse mercado emergente, e a decisão tem de ser rápida, como defendeu o diretor do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Leonel Perondi: (PERONDI) Temos uma grande oportunidade hoje de sermos um ator nessa indústria espacial, mas, para isso, nós temos que ter metas, porque em 5 ou 10 anos, essa indústria já estará totalmente estabelecida e aí nós teremos o famoso ‘late entrance fear’, quer dizer, países retardatários que querem entrar numa indústria, eles vão ter que pagar muito mais, terá que ter grandes subsídios para entrar nesse setor. (REP) O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, lamentou o fechamento de indústrias na região e criticou a política de “desnacionalização” da EMBRAER, que, segundo ele, firma contratos internacionais para fabricação de aeronaves que podiam ser desenvolvidas aqui: (BARROS) O governo tem que exigir da empresa que os empregos sejam gerados no nosso país e a empresa precisa parar com essa política de transferir produção para outros países. (REP) Para o senador Lasier Martins, do PDT gaúcho, o setor aeroespacial precisa ser tratado como algo estratégico para país e o Senado pode contribuir para assegurar recursos para a área: (LASIER) Inclusive no projeto de lei que nós temos aqui na Comissão, que é aquele de proibir o contingenciamento de verbas da C&T. Nós precisamos ter reservas intocáveis de verbas para este setor porque este é o nosso futuro: produzir tecnologias. (REP)Também participaram do debate representantes da Industria Aeroespacial, do Departamento de ciência e Tecnologia Aeroespacial, DCTA, e do Sindicato dos Servidores Federais da Ciência e Tecnologia Aeroespacial. Da Rádio Senado, Marcela Diniz

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