Oposição e aliados repercutem decisão do governo de adiar anúncio dos cortes do Orçamento 2016 — Rádio Senado
Economia

Oposição e aliados repercutem decisão do governo de adiar anúncio dos cortes do Orçamento 2016

12/02/2016, 12h33 - ATUALIZADO EM 12/02/2016, 12h33
Duração de áudio: 02:04
Waldemir Barreto / Agência Senado

Transcrição
LOC: A OPOSIÇÃO IRONIZA A DECISÃO DA EQUIPE ECONÔMICA DO GOVERNO DE ADIAR O ANÚNCIO DOS CORTES NO ORÇAMENTO DESTE ANO. LOC: ALIADOS AVALIAM QUE NÃO HÁ ESPAÇO PARA CONTINGENCIAMENTO NA PROPOSTA APROVADA PELO CONGRESSO NACIONAL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: A equipe econômica tem até o dia 23 de março para anunciar os cortes no Orçamento de 2016. A dificuldade do governo é decidir se vai cumprir com a meta de superávit. Se fizer a poupança de R$ 24 bilhões destinada ao pagamento dos juros da divida, o contingenciamento deverá ser de R$ 60 bilhões, o que retiraria dinheiro da área social e de investimentos. Diante do problema de caixa, o governo não descarta alterar a meta fiscal, que seria flexível de acordo com a arrecadação. Se aprovada proposta, o contingenciamento seria de R$ 18 bilhões. O senador Alvaro Dias, do PV do Paraná, lembrou que o Congresso Nacional votou um Orçamento apertado e que conta com a arrecadação da CPMF, sequer aprovada. (A.Dias) Até mesmo em setores fundamentais para o País cortes ocorreram. Imaginamos que se o governo pretende cortar e não faz uma reforma administrativa real, só resta esperar que ele vai cortar em setores fundamentais, o que é lamentável. REP: Qualquer que seja a decisão, o governo enfrentará dificuldades dentro da própria base aliada. O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, defende um corte nas despesas e não nos investimentos, que já estão prejudicados. (Acir) É um momento de estudar detalhadamente o que o governo pode fazer para cortar as suas despesas e não os investimentos para que possamos cumprir a meta fiscal. Mas tem que ter o esforço de cada Ministério para que possamos avançar sem fazer corte e sem aumentar imposto. É muito fácil criar despesas e depois aumentar imposto. É fácil fazer isso. REP: Até o anúncio do corte no Orçamento, o governo vai limitar as despesas dos Ministérios. O Palácio do Planalto quer aprovar a Desvinculação de Receitas da União, que vai flexibilizar os gastos públicos, e a volta da CPMF. As duas propostas ainda estão na Câmara dos Deputados. Da Radio Senado, HC.

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