CRE quer auditoria do TCU no acordo Brasil-Ucrânia para utilização da Base de Alcântara — Rádio Senado
Comissões

CRE quer auditoria do TCU no acordo Brasil-Ucrânia para utilização da Base de Alcântara

05/02/2016, 12h35 - ATUALIZADO EM 05/02/2016, 13h09
Duração de áudio: 02:17
Sala de comissões do Senado Federal durante a comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) que realiza reunião deliberativa a com 4 itens. Na pauta, PLS 288/2013, que regula a entrada e estada de estrangeiros no Brasil; na 2ª parte, arguição de chefe de missão diplomática.

E/D:
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA); 
senador Cristovam Buarque (PDT-DF); 
Em pronunciamento, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL QUER QUE O TCU, COMO ÓRGÃO AUXILIAR DO CONGRESSO, FAÇA UMA AUDITORIA NO ACORDO BRASIL- UCRÂNIA PARA UTILIZAÇÃO DA BASE DE ALCÂNTARA, NO MARANHÃO. LOC: CHAMOU A ATENÇÃO DOS SENADORES O GASTO PÚBLICO COM O PROJETO, QUE FOI CANCELADO PELA FALTA DE UM ACORDO DE SALVAGUARDAS COM OS ESTADOS UNIDOS. O REQUERIMENTO FOI APROVADO APÓS AVALIAÇÃO SOBRE A BASE INDUSTRIAL DA DEFESA. REPÓRTER NARA FERREIRA. TÉC: O acordo entre Brasil e Ucrânia para lançamento de foguetes em Alcântara foi cancelado no ano passado, após ter consumido cerca de 1 bilhão de reais em recursos públicos. A informação consta do relatório aprovado pela comissão que fez um diagnóstico sobre a indústria nacional da defesa. Autor do relatório, o senador Ricardo Ferraço, do Espírito Santo, destacou que o tratado com a Ucrânia permitiria o desenvolvimento do Projeto Cyclone para lançamento de foguetes, mas exigia a assinatura de um acordo de salvaguardas com os Estados Unidos, rejeitado pelo governo brasileiro. Na opinião de Ferraço, o cancelamento do projeto causou enorme prejuízo financeiro e tecnológico para o País. (FERRAÇO) Veja o nível de desorientação. Fizemos um acordo com a Ucrânia que vai precisar para esses satélites de equipamento norte-americano. A Ucrânia assinou o acordo com os Estados Unidos que nós não assinamos. Esse acordo está parado há treze anos, e por questão ideológica, segmentos que insistem em olhar o mundo pelo retrovisor. (REP) Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, afirmou que o Brasil está atrasado em relação até aos vizinhos. A Argentina, por exemplo, já está colocando o segundo satélite geoestacionário em órbita. (CRISTOVAM) É inacreditável que um acordo desse não esteja sendo levado a sério. Estamos parados em matéria de capacidade de vetores, os foguetes, porque não produzimos. A última tentativa que a gente fez deu aquela explosão, até hoje não esclarecida. (REP) O senador maranhense Edson Lobão, do PMDB, lembrou que Alcântara é uma área privilegiada do Planeta para lançamento de foguetes. (LOBÃO) Ali está a linha do Equador, os lançamentos são mais baratos no consumo de combustível além de outras vantagens imensas. O programa avançou no começo, encontra-se agora há treze anos na Câmara sem nenhuma movimentação. Tudo tem limite quando se trata do interesse nacional. (REP) Para Edson Lobão, o Brasil não pode perder essa vantagem estratégica. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.

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