Mau uso da água gerou uma crise que ficará por bastante tempo, avalia Capiberibe — Rádio Senado
Meio Ambiente

Mau uso da água gerou uma crise que ficará por bastante tempo, avalia Capiberibe

08/01/2016, 17h38 - ATUALIZADO EM 08/01/2016, 19h23
Duração de áudio: 01:56
Antonio Cruz/EBC

Transcrição
LOC: O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO EM MARIANA E A CRISE HÍDRICA EM SÃO PAULO MOSTRAM A FALTA DE UMA POLÍTICA AMBIENTAL NO BRASIL. LOC: A OPINIÃO É DO SENADOR JOÃO CAPIBERIBE, DO PSB DO AMAPÁ, QUE CRITICA A FALTA DE PREOCUPAÇÃO GOVERNAMENTAL COM O USO DA ÁGUA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TEC: A crise hídrica de São Paulo, a destruição de nascentes, o desmatamento das margens dos rios, a seca do rio São Francisco e o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, são desastres anunciados resultantes da falta de uma política ambiental. Essa é opinião do senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que alerta para a possibilidade de novos acidentes caso outras barragens sofram colapso: (CAPIBERIBE): Há um descaso com o patrimônio ambiental da sociedade brasileira, total. Tanto é que nós estamos vivendo a crise hídrica. Veja o caso de São Paulo. E agora, com a contaminação do rio Doce, provocada exatamente pelo rompimento de uma barragem e (há) 16 barragens sob risco altíssimo de rompimento. (REPÓRTER): No ano de 2015, a cidade de São Paulo iniciou o racionamento de água, com a interrupção do fornecimento em determinados dias da semana. Já em Minas Gerais, milhões de litros de água potável passaram a ser usados em minerodutos para transporte de minério bruto de ferro. O senador Capiberibe afirma que essa falta de cuidado com o uso da água gerou uma crise que veio para ficar por bastante tempo: (CAPIBERIBE): Nos últimos anos se fala muito na crise hídrica, que na verdade é a crise ambiental, que essa é permanente. A crise política pode ser superada, a crise econômica com base nessa visão de crescimento do PIB também pode ser superada. Agora, a crise ambiental, ela veio pra ficar. (REPÓRTER): João Capiberibe critica a incongruência de órgãos de governo, como a Agência Nacional das Águas, que tem autorizado a implantação de minerodutos em Minas Gerais no mesmo período em que o rio São Francisco passa por sua maior seca nos últimos 100 anos.

Ao vivo
00:0000:00