Relatório final da COP-21 pode não incluir redução do uso de combustíveis fósseis — Rádio Senado
Meio Ambiente

Relatório final da COP-21 pode não incluir redução do uso de combustíveis fósseis

10/12/2015, 19h27 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h42
Duração de áudio: 02:04

Transcrição
LOC: A CONFERÊNCIA DAS PARTES PARA O CLIMA – A COP 21 – QUE ACONTECE EM PARIS, TEM TRAZIDO BOAS E MÁS NOTÍCIAS PARA OS SENADORES BRASILEIROS LIGADOS ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS. LOC: O ÚLTIMO RASCUNHO DO DOCUMENTO FINAL NÃO INCLUI A REDUÇÃO DO USO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS MAS APRESENTA QUEDA NO ÍNDICE DE AUMENTO DA TEMPERATURA GLOBAL PARA OS PRÓXIMOS ANOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Apesar da posição brasileira na COP 21 de defender uma redução de 40% no desmatamento ter sido considerada importante, o silêncio dos grandes países ao retirarem várias menções sobre a redução do uso dos combustíveis fósseis como petróleo e carvão mineral, gerou insatisfação entre os ambientalistas. O senador Hélio José, do PMB do Distrito Federal, atribuiu o recuo à forte pressão das indústrias do petróleo e automobilísticas: (Hélio José) Eu creio que esse lobby dessas indústrias, tanto do automobilismo, quanto dos hidrocarbonetos, é muito grande e lamentavelmente conseguiram essa vitória que é um retrocesso para o meio ambiente mundial. (Repórter) Algumas conquistas, no entanto, puderam ser comemoradas. O Brasil, que tem a meta de zerar o desmatamento até 2030, vem tendo protagonismo em diversas discussões. É o que nos aponta a senadora Vanessa Graziotin, do PCdoB do Amazonas, que está em Paris para a conferência: (Vanessa Graziotin) O papel do Brasil ele tem sido, eu não diria fundamental, diria decisivo. E pelo menos até ontem à noite e a expectativa é que saiamos sim, ou na 6ª feira que é o dia do encerramento, ou no mais tardar, sábado ainda, dessa conferência com um acordo vinculante firmado entre os países. (Repórter) O presidente da Comissão mista de mudanças climáticas, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, que também está na França, destaca que o acordo que for celebrado pelos países em Paris irá influenciar de forma decisiva diversos aspectos do futuro do planeta como a economia e a saúde: (Fernando Bezerra Coelho) Estamos nos aproximando da data final para a celebração de um novo e grande acordo, que vai dar as bases para o desenvolvimento sustentável de todo o mundo. (Repórter) No momento, o rascunho do documento final propõe a tolerância com o aumento de 1 grau e meio da temperatura global média até 2100. Essa proposta foi aceita por vários países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita e Venezuela, que, no entanto, desejavam permitir um aumento de até 2 graus.

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