Comissão debate pesquisa que aponta maior violência doméstica contra mulheres deficientes — Rádio Senado
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Comissão debate pesquisa que aponta maior violência doméstica contra mulheres deficientes

08/12/2015, 18h30 - ATUALIZADO EM 08/12/2015, 18h40
Duração de áudio: 02:01
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: MULHERES COM DEFICIÊNCIA ESTÃO MAIS PROPENSAS A SOFRER VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LOC: ALÉM DAS AGRESSÕES FÍSICA, SEXUAL E PSICOLÓGICA, ELAS TAMBÉM SÃO ALVO DE VIOLÊNCIA NOS LOCAIS EM QUE DEVERIAM ESTAR PROTEGIDAS, AS UNIDADES DE SAÚDE. REPÓRTER CINTHIA BISPO. TÉC: (Repórter) Dados da ONU revelam que pessoas com deficiência têm menor probabilidade de obter proteção jurídica e da polícia em casos de violência doméstica. Uma das dificuldades é a apresentação de denúncia contra o agressor, que muitas vezes é algum familiar ou um cuidador. O levantamento ainda mostra que 40% das mulheres com deficiência já sofreram algum tipo de agressão. Durante o debate na Comissão de Combate a Violência Contra a Mulher, a representante do Ministério da Saúde, Vera Lúcia Mendes, fez um alerta para outro tipo de violência sofrida pelas mulheres: a institucional. (Vera) Elas sofrem cotidianamente na rede SUS, infelizmente, uma violência que eu vou chamar de violência institucional. As unidades dificilmente estão equipadas para atender essas mulheres. Isso porque há uma barreira não só de equipamentos, de acesso às unidades de saúde, mas também uma cultura. Essa é a pior, uma cultura que é uma agressão profunda, como se a mulher com deficiência ela não fosse mulher, ela não tivesse vida sexual, vida familiar. (Repórter) A presidente do colegiado, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, argumenta que esta parcela da população, que deveria estar protegida por conta da vulnerabilidade, sofre com o aumento das agressões nos últimos anos. (Simone) É uma estatística acima da média da violência da mulher no geral que gira em torno de 25%, uma em cada quatro já sofreram violência domestica. Do preconceito ao bullying, do abuso físico passando pelo sexual ou mesmo o psíquico, nós temos que encarar de frente essa triste realidade. E temos certeza que a partir do ano que vem essa comissão estará dando mais frutos com relação a essa questão. (Repórter) Como forma de combate à violência, as convidadas pedem mecanismos integrados aos sistemas de saúde, justiça e direitos humanos que contabilizem os casos de violência doméstica capazes de elaborar políticas públicas que resolvam o problema. Da Rádio Senado, Cinthia Bispo.

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