CDH debate os altos índices de acidentes de trânsito no país — Rádio Senado
Direitos humanos

CDH debate os altos índices de acidentes de trânsito no país

Especialistas em medicina do tráfego, representantes do governo e da Polícia Rodoviária Federal apresentaram sugestões no Senado para um trânsito mais seguro. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu nesta segunda-feira (16) os altos índices de acidentes no país. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim (PT – RS), pediu que os especialistas enviem ao colegiado sugestões para projeto de lei, entre outras ações.

16/11/2015, 12h38 - ATUALIZADO EM 16/11/2015, 13h10
Duração de áudio: 02:14
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS EM MEDICINA DO TRÁFEGO, REPRESENTANTES DO GOVERNO E DA POLÍCIA RODOVIÁRIA APRESENTARAM SUGESTÕES NO SENADO PARA UM TRÂNSITO MAIS SEGURO. LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO DEBATEU NESTA SEGUNDA-FEIRA OS ALTOS ÍNDICES DE ACIDENTES NO PAÍS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) Apesar de ter conquistado uma redução no número de mortes no trânsito nos últimos anos, o Brasil ainda está entre os cinco países com mais vítimas de acidentes no mundo, com 44 mil mortes em 2014. Mas com uma frota dez vezes menor que a dos outros quatro – Índia, China, Estados Unidos e Rússia – o País não deveria ter esses índices, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. Juarez Molinari, vice-presidente da associação, listou as principais causas dos acidentes – que envolvem a má formação dos condutores, a fiscalização e punição dos infratores, o uso de álcool e drogas e de smartphones – destacando que a maior parte delas é evitável. (Juarez Molinari) Em mais de 90% das vezes a concausa mais importante é o ser humano, que é responsável pelos fatores de risco de maior relevo, como a conjunção do álcool e a condução veicular, as falhas de atenção decorrentes de aparelhos com grande potencial de desviar atenção, como o uso dos smartphones, a fadiga, ligada a jornadas excessivas na condução dos veículos, principalmente os comerciais. (Repórter) Outro grande fator de risco é o excesso de velocidade, responsável por 70% das mortes nas rodovias federais. Uma solução apontada pelo representante da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Stenio Benevides, é mudar o Código de Trânsito para permitir a verificação da velocidade média entre dois pontos. Um consenso entre os debatedores foi a necessidade de formar uma nova cultura de respeito ao trânsito, que deve começar nas escolas. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, pediu que os especialistas enviem ao colegiado uma sugestão de projeto de lei, entre outras ações. (Paulo Paim) Apresente uma minuta de legislação para a prevenção na sala de aula, ou seja, incluir no currículo escolar esse tema. Realizar campanhas de prevenção de acidente de trânsito, e que o Senado colabora, esteja integrado nestas campanhas. Mudar a palavra acidente por incidente, e por fim, interagir com as montadoras nos dois sentidos: a qualidade do veículo em relação ao acidente e ao mesmo tempo, a situação dos pedestres. (Repórter) Os especialistas defenderam ainda a revisão do Estatuto do Motorista para evitar jornadas excessivas, e o fortalecimento da fiscalização de trânsito em todo o País.

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