Comissão debate violência sexual contra mulheres nas universidades

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LOC: VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA AS MULHERES DENTRO DAS UNIVERSIDADES É TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. LOC: PALESTRANTES APONTAM QUE O NÚMERO DE MULHERES VIOLENTADAS DENTRO DAS UNIVERSIDADES CRESCEU NOS ÚLTIMOS ANOS. REPÓRTER CINTHIA BISPO. (Repórter) A violência contra as mulheres nas universidades brasileiras tem aumento nos últimos anos, e uma das agressões que cresceu foram as de violência sexual dentro dos campi das faculdades. Dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres aponta que ocorrem mais de 500 mil casos de estupro todos os anos no país, sendo que apenas 10% dos casos são denunciados. Durante a reunião sobre o tema na Comissão Mista de Combate à Violência contra a mulher, a professora da Universidade Federal de Alagoas, Andréa Pacheco, aponta que há uma cultura do estupro no país que precisa ser combatida. (Andréa Pacheco) Essa cultura se dar a partir de uma culpabilização, humilhação e perseguição da vitima. Então, na verdade as mulheres que sofreram a violência a primeira coisa que se olha é a roupa que ela está, o lugar onde ela estava. Então, onde está a nossa igualdade na sociedade? (Repórter) O Mapa da Violência 2015 que também foi debatido durante a reunião, aponta que entre 2003 e 2013 o número de homicídios de mulheres no Brasil cresceu 21%. Sendo mais de 100 mil casos, e a maioria desses casos é cometido por familiares. A presidente do colegiado, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, pondera que os números freiam os avanços da Lei Maria da Penha. (Simone Tebet) Todo o avanço que tivemos no início da implantação da Lei Maria da Penha que já faz agora nove anos, ela começa a se perder, no sentido de que os números voltaram a aumentar. Tem um número assustador e esse demonstra realmente o grau de violência do país em relação a suas mulheres. Que é em relação aos números de assassinatos de mulheres, nós somos o quinto país, dos 83 países pesquisados no que se refere a esse tipo de violência. (Repórter) As próximas audiências públicas aprovadas pela Comissão vai debater a situação das mulheres presas e também das mulheres que sofrem mutilações por companheiros.