Comissão debate preço do combustível na aviação

Transcrição
LOC: A COMISSÃO QUE ESTUDA A REFORMA DO CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA PROMOVEU AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA SEGUNDA-FEIRA SOBRE O PREÇO DO COMBUSTÍVEL NA AVIAÇÃO. LOC: O DEBATE CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE UM REPRESENTANTE DA PETROBRAS E DE UM EX-DIRETOR DA TAM. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: Flávio Santos Tojal de Araújo, da diretoria Corporativa e de Serviços da Petrobras, explicou como é formado o preço do combustível utilizado na aviação. Flávio disse que o mercado brasileiro de derivados de petróleo é aberto. A Petrobras utiliza o preço do mercado externo como referência para seus produtos. Mas o que chega para as empresas de aviação é definido também pelas distribuidoras que operam no Brasil. O ex-gerente de energia da TAM, Paulus Figueiredo, apontou que aí falta um estímulo para a concorrência. (PAULUS): As distribuidoras elas ficam numa situação cômoda aqui no Brasil. Porque o preço que eles compram da Petrobras é igual. Não tem negociação. Se um distribuidor não tem desvantagem em relação a outro, para que ele vai tentar negociar com a TAM, Gol, Azul, de comprar um produto lá fora porque talvez ele vai conseguir trazer um produto mais barato do que o preço que ele consegue com a Petrobras? (REP): O Superintendente de Desenvolvimento Aeroportuário da Infraero, Tércio Ivan de Barros, foi mais direto. (TÉRCIO): Quando o Paulus agora veio dizer que é muito cômodo para as distribuidoras, foi exatamente essa palavra, que as distribuidoras têm uma grande comodidade, eu gostaria de substituir, me perdoe, sr. Paulus, que ao invés de comodidade, vamos chamar isso de cartelização. (REP): A comissão foi criada em junho com o objetivo de revisar e modernizar o Código Brasileiro de Aeronáutica. O colegiado, que conta com 24 membros, entre juristas, professores, engenheiros e profissionais do setor de aviação, como Tércio Ivan de Barros, deve concluir seus trabalhos até 12 de dezembro. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.