CDH vai debater violência obstétrica no Brasil — Rádio Senado
Audiência pública

CDH vai debater violência obstétrica no Brasil

09/10/2015, 13h46 - ATUALIZADO EM 09/10/2015, 13h46
Duração de áudio: 01:36
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS VAI DEBATER A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL. ENTRE OS CONVIDADOS ESTÁ A COORDENADORA DO PROJETO NASCER NO BRASIL. LOC: DE ACORDO COM A AUTORA DO REQUERIMENTO QUE PEDE A AUDIÊNCIA, SENADORA ÂNGELA PORTELA, DO PT DE RORAIMA, A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NA HORA DO PARTO AINDA É MUITO RECORRENTE E PRECISA SER COMBATIDA. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Entre os convidados para debater o assunto estão o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, o presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Etelvino de Souza Trindade; e a coordenadora geral do projeto Nascer no Brasil, Maria do Carmo Leal. De acordo com a senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, autora do requerimento, os casos de violência obstétrica ainda são muito frequentes. (Ângela Portela) A pesquisa Nascer no Brasil de 2012, a única a medir o atendimento a gestantes no país mostrou que apenas 19 por cento das mulheres tem o acompanhamento o tempo todo em descumprimento da Lei 11.108, conhecida como a Lei do Acompanhante. (Repórter) Segundo a pesquisa, no Brasil, a chance de dar à luz sem intervenções durante o trabalho de parto é remota. Apenas 5% das mulheres tiveram essa experiência. A maioria das gestantes brasileiras ainda é proibida de caminhar e de se alimentar para aliviar contrações, recebem ocitocina que é um hormônio sintético para acelerar o parto e passam por procedimentos como episiotomia e ruptura artificial da bolsa, sem nenhuma anestesia. A pesquisa foi realizada entre 2011 e 2012, com 23 mil mulheres em todo o país. Para a coordenadora do levantamento e uma das convidadas da audiência pública, Maria do Carmo Leal, autoridades e pacientes devem exigir das redes pública e privada que o parto normal também possa ser feito em casa, ambiente mais acolhedor para a criança. Ela também defende a ampliação do número de casas de parto. A data da audiência pública ainda será marcada pela comissão.

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