Comissões debatem problemas enfrentados por pessoas com doenças renais — Rádio Senado
Audiência pública

Comissões debatem problemas enfrentados por pessoas com doenças renais

As comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) discutiram em audiência pública os problemas enfrentados pelas pessoas com doenças renais. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 10 milhões de brasileiros sofrem de alguma disfunção renal. Deste total, mais de 100 mil fazem hemodiálise, um tratamento de limpeza do sangue quando os rins não funcionam adequadamente. Milhares de pacientes esperam na fila de transplante, o procedimento mais indicado para a reabilitação. Senadores e especialistas defenderam mais acesso à hemodiálise e o aumento dos transplantes.

30/09/2015, 13h00 - ATUALIZADO EM 30/09/2015, 13h12
Duração de áudio: 02:14
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS COMISSÕES DE ASSUNTOS SOCIAIS E DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIRAM EM AUDIÊNCIA PÚBLICA OS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS PESSOAS COM DOENÇAS RENAIS. LOC: SENADORES E ESPECIALISTAS DEFENDERAM MAIS ACESSO À HEMODIÁLISE E O AUMENTO DOS TRANSPLANTES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 10 milhões de brasileiros sofrem de alguma disfunção renal. Deste total, mais de 100 mil fazem hemodiálise, um tratamento de limpeza do sangue quando os rins não funcionam adequadamente. Milhares de pacientes esperam na fila de transplante, o procedimento mais indicado para a reabilitação. Durante a audiência pública nas Comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais, os especialistas lembraram que aproximadamente 20 mil pessoas morrem por ano com doenças renais e listaram uma série de problemas enfrentados. Entre eles, a falta de prevenção e as dificuldades no acesso à hemodiálise e aos remédios. O representante da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Paulo Luconi, lamentou que não existe uma política específica para prevenir a doença (Paulo Luconi) “Nós estamos vivendo um verdadeiro apagão da terapia renal substitutiva no Brasil, o colapso da terapia. Porque está tendo este colapso? Porque existe uma evidente falta de vagas com prejuízo no acesso aos usuários e uma perda na qualidade de diálise naqueles pacientes que estão dialisando” (Repórter) Já o senador Eduardo Amorim, do PSC de Sergipe, que pediu a reunião, defendeu o aumento no número de transplantes de rim para melhorar a qualidade de vida dos doentes (Eduardo Amorim) “Precisamos de uma política pública eficiente capaz de prevenir tamanho sofrimento de milhares de brasileiros. No meu estado, o estado de Sergipe, não se faz um transplante renal há mais de cinco anos, cinco anos” (Repórter) Apesar dos problemas, o Ministério da Saúde justificou que o SUS gasta cerca de 2 bilhões de reais e meio por ano para atender as pessoas com problemas renais e argumentou que o Brasil tem o melhor sistema público de transplantes do mundo. Entre os principais sintomas da doença renal crônica estão falta de apetite, cansaço, inchaço nas pernas, aumento da pressão arterial e urina com sangue ou espumosa.

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