Vanessa quer aumentar pena para crime de estupro coletivo — Rádio Senado
Projeto

Vanessa quer aumentar pena para crime de estupro coletivo

18/09/2015, 18h19 - ATUALIZADO EM 18/09/2015, 18h19
Duração de áudio: 02:03
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: CASOS DE ESTUPROS COLETIVOS PODEM TER PENA AMPLIADA EM UM TERÇO LOC: É O QUE PREVÊ O PROJETO APRESENTADO PELA SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, DO PCDOB DO AMAZONASREPÓRTER CINTHIA BISPO. (Repórter) Em maio, quatro jovens foram brutalmente agredidas, estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. O crime chocou o Brasil, e uma das jovens morreu após dez dias internada. Entre julho e agosto, em Natal, no Rio Grande do Norte, uma onda de estupros coletivos assustou os moradores. Três casos foram registrados no período. Para coibir esse tipo de abuso, a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, apresentou um projeto que aumenta em um terço a pena para o crime de estupro cometido por mais de duas pessoas. Atualmente, a lei prevê de seis a dez anos de prisão, com a possibilidade de chegar a 12 em casos de lesão corporal e se a vítima possuir entre 14 e 18 anos. Se o crime resultar em morte, a pena aumenta de 12 a 30 anos. Para Vanessa, o crime, que já é hediondo por natureza, possui uma nova modalidade no país, e é preciso combatê-la. (Vanessa Grazziotin) Eu acho que aumentando a pena é uma contribuição que a gente dá para a diminuição da manifestação desse tipo de crime. Não é somente aquela camada mais vulnerável da sociedade, são todas as camadas, inclusive dos mais abastados. Então, estamos aumentando a pena quando for caracterizado como crime coletivo. (Repórter) Dados do IPEA estimam que, a cada ano, mais de 500 mil pessoas são violentadas no Brasil, e apenas 10% dos casos são denunciados. Vanessa acredita que para diminuir esses números é preciso leis mais rigorosas e consciência da população. (Vanessa Grazziotin) É preciso trabalhar a conscientização da sociedade como um todo, primeiro os homens. Para respeitarem mais as mulheres, entenderem que as mulheres não são objetos disponíveis a qualquer momento, e que são tão seres humanos quanto eles, e merecem total respeito. (Repórter) O projeto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e, se for aprovado, segue diretamente para a Câmara dos Deputados. PLS 618/2015

Ao vivo
00:0000:00