Especialistas elogiam Ciências Sem Fronteiras e reconhecem que programa precisa ser aprimorado — Rádio Senado
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Especialistas elogiam Ciências Sem Fronteiras e reconhecem que programa precisa ser aprimorado

O programa ciência sem fronteiras, que leva estudantes brasileiros para o exterior e traz estrangeiros para o Brasil, foi tema de debate nesta terça-feira (25) na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado (CCT). Os debatedores elogiaram o programa de bolsas de estudo, mas reconheceram que é necessário aprimorar diversos mecanismos.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da comissão, o desafio é verificar se o programa será capaz de gerar retorno à sociedade.

25/08/2015, 14h17 - ATUALIZADO EM 25/08/2015, 14h24
Duração de áudio: 02:06
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: O PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS, QUE LEVA ESTUDANTES BRASILEIROS PARA O EXTERIOR E TRAZ ESTRANGEIROS PARA O BRASIL, FOI TEMA DE DEBATE NESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. LOC: OS DEBATEDORES ELOGIARAM O PROGRAMA DE BOLSAS DE ESTUDO, MAS RECONHECERAM QUE É NECESSÁRIO APRIMORAR DIVERSOS MECANISMOS. REPÓRTER NARA FERREIRA: TÉC: Guilherme Manços, ex-bolsista e mestrando da Universidade de São Paulo, fundou a CSF que é hoje a principal rede de ex-bolsistas do Ciência Sem Fronteiras. Ele destacou o déficit de engenheiros no Brasil ao apresentar um estudo comparativo dos Brics, que mostra que o país forma 40 mil engenheiros por ano, frente a 650 mil na China, 220 mil na Índia e 190 mil na Rússia. Segundo ele, somente cinco por cento dos graduandos hoje são em engenharia, enquanto existem no Brasil mil 240 cursos de Direito, mais do que em todos os outros países do mundo somados. (GUILHERME) O Ciência Sem Fronteiras é uma demanda do país e é importante que se mantenha o foco na solução desses problemas. A segunda reflexão é o retorno. Como a gente vai manter esses recursos humanos esses profissionais aqui no Brasil e como a gente vai dar infraestrutura, recursos e um ecossistema capaz para reter desenvolver e fomentar esses talentos. (REPÓRTER) Márcio Venício Barbosa, Secretário de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ressaltou que com o programa o Brasil ganhou mais visibilidade no cenário da educação superior. Mas destacou que é preciso uma avaliação mais eficiente: (MÁRCIO) Uma avaliação do programa em nível nacional, considerando os objetivos do Ciência Sem Fronteiras e precisamos intensificar a relação das universidades brasileiras com as parceiras estrangeiras no sentido de propor projetos conjuntos e estabelecer uma mobilidade que funcione nos dois sentidos. (REPÓRTER) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, presidente da comissão, afirmou que o desafio é verificar se o programa será capaz de gerar retorno à sociedade. (CRISTOVAM) O Brasil é melhor tendo o Ciência Sem Fronteiras do que não tendo...agora o que a gente precisa discutir é como fazer com que de fato esse programa se torne um instrumento de transformação colocando o país no mundo da inovação. (REPÓRTER) Os países que mais recebem estudantes brasileiros do Ciência sem Fronteiras são Estados Unidos, França e Canadá. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.

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